sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
O Vasco não foi ao Mundial, mas está ajudando a manchar o que os outros construíram
16/07/2025

Foi mais do que uma derrota. A goleada sofrida pelo Vasco diante do Independiente Del Valle, por 4 a 0, entra para a galeria das humilhações recentes do clube — ao lado dos vexames contra Nova Iguaçu, Criciúma, Flamengo, Puerto Cabello e Melgar. Mas há algo ainda mais grave nesse tropeço.

O futebol brasileiro acaba de viver um momento raro de afirmação internacional. Na Copa do Mundo de Clubes disputada nos Estados Unidos, os times brasileiros jogaram de igual para igual com gigantes europeus. A imprensa mundial se rendeu. O próprio técnico da seleção brasileira, Carlo Ancelotti, ficou impressionado com a capacidade de competição de elencos bem mais baratos diante de potências globais.

Aí vem o Vasco — que, felizmente, não participou da Copa — e protagoniza esse papelão. Tudo bem, o jogo foi na altitude de Quito, mas quem toma quatro gols num mata-mata praticamente abandona qualquer ambição num torneio como este.

Para piorar, o técnico Fernando Diniz se agarra a uma desculpa: “perdemos porque Lucas Piton foi expulso”. Como se a expulsão fosse a única explicação possível para o desastre tático, técnico e emocional em campo. É o discurso da mediocridade. A recusa em reconhecer méritos no adversário e, principalmente, em assumir os próprios fracassos.

O Vasco não apenas se apequena — ele arranha a imagem de um futebol brasileiro que tentava recuperar respeito no cenário internacional. Quando se esperava que o exemplo dos grandes no Mundial inspirasse os demais, o Vasco afunda na arrogância, na negação e na vergonha.

Capa do jornal Extra-RJ

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