Dizem que o Palmeiras não tem Mundial. Verdade ou provocação, o fato é que o Verdão está firme e forte nas quartas de final da atual Copa do Mundo de Clubes da FIFA. E com méritos. A classificação veio após um confronto duríssimo contra o Botafogo, decidido nos detalhes — como costuma ser quando dois grandes times brasileiros se enfrentam em fase decisiva.
O jogo foi equilibrado do início ao fim, daqueles em que qualquer placar seria plausível. Mas se houve um fator de desequilíbrio, ele veio do banco. A entrada de Paulinho no segundo tempo mudou a dinâmica da partida a favor do Palmeiras. Foi dele o gol da vitória e, mais que isso, foi dele a atuação que deve sacramentar uma virada interna no elenco: Paulinho deve tomar o lugar de Vitor Roque como titular.
Contratado a peso de ouro, com status de futuro craque da Seleção, Vitor Roque ainda não conseguiu justificar o investimento. A ansiedade da torcida se converte em impaciência, e o jovem atacante, até aqui, tem se revelado um fiasco ofensivo. Tudo indica que, nas quartas, ele assistirá do banco.
O adversário do Palmeiras será ninguém menos que o Chelsea, que aplicou uma sonora goleada no Benfica e mostrou estar totalmente recuperado do baque sofrido na fase de grupos, quando perdeu para o Flamengo. O time inglês parece outro: mais leve, mais confiante, mais letal. E entra no mata-mata com pinta de favorito — não apenas contra o Palmeiras, mas ao título.
Para o Verdão, o desafio é monumental. Como costuma ser para qualquer sul-americano diante de um europeu neste tipo de competição. Mas o futebol vive de surpresas, e o Palmeiras já provou que sabe ser competitivo — mesmo sem Mundial.