Vou falar de um dos mais tradicionais e queridos clubes da capital paulistana, na verdade um clube que representa um país, que é a própria Mooca. Um bairro, na verdade, acho que é o bairro, com a maior colônia italiana, na cidade de São Paulo. O querido Juventus, com a sua tradicional camisa grená.
E por que falamos que o futebol feminino, que foi muito tradicional no clube, onde diga-se de passagem a minha sócia Monique Somose começou a carreira futebolística ao lado de estrelas do futebol nacional, tais como Andressa Alves, Erika Cristiano e Tamires, atualmente no Corinthians, Thaizinha que está no Santos, entre outras treinadas pela Magali Fernandes.
Simplesmente em razão do fato de o clube ter anunciado que não estará mais disputando nenhuma competição em nível profissional no ano de 2025, ou seja, o ano para a equipe adulta do time juventino se encerrou, com apenas 15 jogos em razão da disputa do Campeonato Paulista da Série A-2 e pelo fato de o time não disputar a Copa Paulista de Futebol no segundo semestre, pela primeira vez desde 2001.
Aqui se demonstra a importância de ter uma equipe feminina, para qualquer equipe, que tem custos menores que o da masculina, em relação aos salários das atletas, e que pode se utilizar da mesma estrutura física e administrativa, para se manter em atividade, junto à mídia, afinal estamos falando deles, agora. Bem como de patrocinadores, já que é mais fácil ter um patrocinador quando se tem competição em andamento.
E no caso do Juventus, não era criar uma equipe feminina, onde nunca existiu, mas sim a de voltar a ativar, uma com um passado glorioso, que revelou grandes jogadoras, para o cenário nacional e mundial. A primeira equipe campeã paulista da modalidade feminina em competição oficial organizada pela Federação Paulista de Futebol, em 1987 e que foi base da seleção brasileira na década de 80, justamente no momento de reabertura do futebol para mulheres no Brasil, após os decretos autoritários que reprimiam a prática entre o gênero no país.
Deixamos aqui registrada a importância que uma equipe de futebol feminino pode ter para um clube, que vai além de cumprir um requisito da CBF para disputar Campeonato Brasileiro, mas passa por manter o clube em atividade e com visibilidade, reafirmando seus valores e tradições perante a sua comunidade e torcedores.