sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
O Derby, o Timão e Xandão: uma noite épica em Itaquera
31/07/2025

Palmeiras e Corinthians já protagonizaram de tudo neste país. De finais eletrizantes a brigas homéricas no meio da rua. Mas o derby desta quarta-feira teve um ingrediente a mais, uma pitada de caos e emoção digna de novela mexicana com roteiro escrito por Kafka.

Primeiro, o básico: foi um jogão. Um daqueles que fazem jus ao rótulo de “maior clássico do Brasil”(os cariocas que lutem). Teve bola na rede, pênalti do VAR, gol anulado pelo VAR, correria dos dois lados e, claro, um personagem inusitado decidindo tudo: Memphis Depay, o holandês tatuado, estiloso, encrenqueiro e agora… corinthiano decisivo.

O Corinthians, que no Brasileirão anda mancando com mais dor do que joelho de veterano em pelada, resolveu encarnar o espírito das noites mágicas em Itaquera. É impressionante como esse time morre e ressuscita no mesmo mês. Fora de campo, o caos: presidente interino, ex-presidente na mira da PF, crise institucional e política digna de CPI. Dentro de campo? O Corinthians vira uma espécie de Fênix de camisa 9.

Do outro lado, o Palmeiras. Estável, competitivo, elenco de Série A europeia, folha salarial de multinacional. Era para ganhar fácil, certo? Pois é. Mas aí o Corinthians resolveu lembrar que clássico não tem lógica, e ganhou na marra, na raça, e na categoria de um holandês maluco.

Mas o que realmente deu o toque histórico à noite não foi o VAR, nem o gol do Memphis, nem o drama corinthiano. Foi a presença ilustre de Alexandre de Moraes no estádio. Sim, ele mesmo. O ministro do STF que poucas horas antes foi alvo da acordou com sanção dos Estados Unidos Lei Magnitsk, dormiu ontem feliz da vida vendo o Timão ganhar.

Em vídeo que circula nas redes, Moraes aparece chegando à Neo Química Arena de mãos dadas com a esposa, e depois vibrando no camarote como quem diz:

“Podem congelar minhas contas em Orlando, mas não mexam com o Corinthians!”

É o tipo de imagem que não precisa de legenda. Enquanto o mundo político se digladiava em Brasília e a Casa Branca batia à porta da diplomacia brasileira com sanções e ameaças, o ministro resolveu se conectar com o que realmente importa: vitória na Copa do Brasil.

O Mickey que dê seus pulos.

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