Rico Melquiades acordou um dia inspirado, desses em que a pessoa olha no espelho e pensa: “O mundo merece uma novidade anatômica.” E anunciou, em alto e bom som, que vai fazer uma cirurgia de curíneo — um híbrido moderno entre períneo, harmonização e criatividade livre. Algo tão ousado que nem os médicos sabiam que existia até ele inventar.
Segundo Rico, a ideia é “ficar mais apertado”. A medicina chama de procedimento; ele chama de upgrade. É o futuro chegando pela porta dos fundos — literalmente.
Mas, como todo avanço tecnológico, o curíneo vem com manual de instruções. A primeira regra é simples: evitar contato com o Kid Bengala. Não apertar muito a mão de ninguém, e menos ainda o Kid, especialista em testes de resistência. Há temores de que um encontro casual possa anular o investimento ou causar um eclipse inesperado na vida do rapaz.
Os amigos já avisaram: “Rico, depois da cirurgia, anda com cuidado. Vai que o Kid aparece no mesmo evento? Melhor atravessar a rua.” E Rico, com aquele sorriso de reality show, garante que está preparado: “Meu amor, se eu sobrevivi à fazenda, sobrevivo ao Kid.”
No fim das contas, o curíneo não é só uma cirurgia: é um manifesto. É o Brasil reafirmando sua vocação para inovar onde ninguém pediu, mas todo mundo, no fundo, queria saber como seria.
