Neymar sofreu sua terceira lesão desde que voltou ao Santos no início de 2025. O camisa 10 está fora do clássico contra o São Paulo depois que exames apontaram uma contusão no músculo reto femoral da coxa direita. O problema aconteceu após queixas de dores no treino de sexta-feira (19) e deve afastá-lo por algumas semanas.

Antes disso, o atacante já havia se machucado duas vezes na coxa esquerda — a primeira entre março e maio, e a segunda em agosto. Agora, a contusão atinge a outra perna, deixando clara a sequência preocupante de problemas musculares em menos de um ano.

A repetição de lesões coloca em xeque a capacidade de Neymar, aos 33 anos, de se manter em alto nível. Diferente de Cristiano Ronaldo e Messi, mais velhos que ele e ainda competitivos, o brasileiro parece viver uma fragilidade fora do comum. Não é à toa que Carlo Ancelotti, em entrevista recente, citou Francesco Totti e Neymar entre os jogadores que gostaria de ter treinado. Totti, o camisa 10 mais brilhante da história da Roma — clube onde Ancelotti atuou como jogador, ao lado de Falcão, no início da carreira — só não foi comandado por ele por falta de oportunidade. No caso de Neymar, a dúvida não é de oportunidade, mas de disponibilidade física.

Sem Neymar, o Santos paga um preço alto: mais de R$ 20 milhões mensais ao astro que vive se contundindo, e quando ele sai de cena, a equipe é obrigada a recorrer a dois jovens ainda desconhecidos, Victor Hugo e Rollheiser, para assumir a responsabilidade de substituir o maior ídolo recente do clube. O desnível é evidente, e a queda de qualidade também.