Eis que o mundo do futebol feminino é sacudido pela informação de que havia uma mulher identificada como Luana Santos que teria fingido ser jornalista da ESPN por longos dois anos. A situação apareceu na data de 12 de março de 2025.
Este caso provoca diversas discussões, mas aqui vamos falar de três que considero as mais importantes.
A falha no sistema de verificação nos pedidos de credenciamento para jogos de futebol, que permite a pessoas que se passam por jornalistas solicitar e receber o credenciamento, gera perda de receita aos clubes, que deixam de arrecadar com a venda daquele ingresso, bem como traz insegurança por revelar que existe a possibilidade de a pessoa que está no estádio, com acesso à área de imprensa e jogadores, não ser quem diz que é.
A responsabilidade civil da pessoa que se utilizava da marca mundialmente reconhecida da emissora, para conseguir ter acesso e vantagens pessoais, que não teria acesso se fosse pedir usando apenas o seu próprio nome. Isso pode ter trazido um prejuízo à imagem da emissora, que pode cobrar a reparação pelos danos imateriais (os danos morais) à sua imagem, perante a sociedade e aos demais meios de comunicação.
E, por último e não menos importante, é a discussão sobre até que ponto o que se publica nas redes sociais deve ser considerado como verdade? Ao que tudo indica, ela teria conseguido fama e seguidores com postagens em redes sociais, que não eram verdadeiras. A ideia de que se não postou não existiu deve ser revista, para impedir novos casos assim. Devem as empresas passar a checar sempre e constantemente quem usa as suas @ em que situações, pois se deve tomar cuidado com quem se liga à empresa nas redes sociais
Deve-se sempre lembrar que todos devem ser considerados inocentes, até a existência de uma sentença penal transitada em julgado, reconhecendo a ocorrência do crime.
Higor Maffei Bellini, este amigo de vocês.