Começam hoje os jogos das quartas de final do Mundial de Clubes, e com eles uma constatação inevitável: os clubes europeus continuam nadando de braçada quando o assunto é valor de mercado. Mas será que isso significa garantia de sucesso dentro de campo?
De acordo com o site Transfermarkt, especializado em mercado esportivo, o Real Madrid lidera a lista com um elenco avaliado em impressionantes R$ 8,3 bilhões. Logo atrás aparece o Chelsea, adversário do Palmeiras, com um elenco que vale cerca de R$ 7,6 bilhões. O PSG vem na sequência com R$ 7 bilhões, seguido de Bayern de Munique (R$ 5,8 bi) e Borussia Dortmund (R$ 3,1 bi).
O Palmeiras é avaliado em R$ 1,2 bilhão — quase sete vezes menos que o Chelsea. Já o Fluminense ocupa a lanterna da lista, com um elenco cotado em R$ 550 milhões. E ainda assim, está entre os oito melhores do mundo.
O Al-Hilal, da Arábia Saudita, que surpreendeu ao eliminar o Manchester City (um dos clubes mais caros do planeta, fora da competição após vexame), está avaliado em R$ 1 bilhão.
A disparidade de cifras desnuda o abismo financeiro entre os clubes, mas também desafia a lógica. Afinal, se dinheiro fosse sinônimo absoluto de vitória, o City estaria aqui e o Al-Hilal não. E não podemos esquecer que, há poucos dias, o Auckland City, um time semi-amador da Nova Zelândia, empatou com o Boca Juniors. Surreal? Sim. Impossível? Nem tanto.
“O dinheiro ajuda, claro. Mas não define. Às vezes, o conjunto fala mais alto que o custo”, diz Alexandre Vasconcellos, da Flashscore. Para ele, o Palmeiras ainda consegue equilibrar a balança com um elenco que mistura veteranos de peso e jovens com alto potencial de revenda. Já o Fluminense, com um time experiente, mas envelhecido, fica mais vulnerável quando o físico entra em jogo.
Renê Salviano, CEO da Heatmap, também pondera: “Os clubes mais ricos não compram apenas habilidade. Eles compram estrutura, análise de desempenho, preparação mental. Mas mesmo isso não impede que o imponderável entre em campo”.
A reflexão de Alexandre Mota, da End to End, vai na mesma linha: “Muitos jogadores são caros por causa do mercado onde atuam. Quando os times se enfrentam de verdade, às vezes o marketing vira fumaça e o futebol fala mais alto”.
Os elencos mais valiosos das quartas
1. Real Madrid – R$ 8,3 bilhões
2. Chelsea – R$ 7,6 bilhões
3. PSG – R$ 7 bilhões
4. Bayern de Munique – R$ 5,8 bilhões
5. Borussia Dortmund – R$ 3,1 bilhões
6. Palmeiras – R$ 1,2 bilhão
7. Al Hilal – R$ 1 bilhão
8. Fluminense – R$ 550 milhões