Em um ato em defesa da celeridade do julgamento da ação que corre no Superior Tribunal Federal, em Brasília (DF), sobre a reabertura do Hotel Tambaú, em João Pessoa (PB), nesta terça-feira (24), o ministro do Turismo, Celso Sabino, engrossou os esforços, mas preferiu deixar claro que não cabe ao Governo Federal decidir a pendência judicial. “Não cabe a nós sequer opinar lá (no STF) para um lado ou para outro. Nós não estamos aqui para defender que esse hotel fique com a pessoa A ou com a pessoa B, estamos aqui para defender que esse hotel comece a funcionar o mais rápido possível”, enfatizou o ministro, que seguiu uma longa agenda na Paraíba deste esta segunda-feira (25).
O movimento pela celeridade da decisão judicial partiu do senador paraibano Efraim Filho, juntamente com os empresários do grupo AMPAR Hotelaria Ltda, empresa igualmente paraibana. Conforme o ministro, sendo o grupo A ou B a ganhar o direito de administrar o Tambaú, a atividade do hotel é importante para a economia de João Pessoa. “É importante para a economia da Paraíba, é importante para o Turismo do Brasil”.
Celso Sabino disse ver o entusiasmo dos investidores que estão hoje administrando o prédio, vê o entusiasmo da sociedade, da classe política, em querer que o Hotel Tambaú volte a funcionar. “Ontem, no almoço, todas as forças políticas da Paraíba, diversos representantes da sociedade que encontramos, foram unânimes em defender a volta da atividade do Hotel Tambaú”.
O ministro confessou que, se eu tivesse que apostar, “apostava com esse hotel volta a funcionar daqui há 12 ou talvez a 18 meses, porque eu sei a qualidade, o que quilate dos políticos que a Paraíba tem e que abraçaram o Hotel Tambaú. Eu sei, por exemplo, onde o senador Efraim bota a mão em cima de um projeto, você pode apostar que o projeto vai sair”.
“Vi como a forma guerreira como o povo paraibano é corajoso, como povo paraibano é ousado, como povo paraibano é trabalhador. Eu vejo aqui (em Brasília) um político do quilate do presidente da Câmara (Federal), o deputado (Hugo) Mota, a bancada de deputados federais da Paraíba, bancada de senadores e senadora Daniela (Ribeiro), meu amigo senador Veneziano. que está também aqui presente. Então, eu sei da capacidade técnica, da forma guerreira, da forma como trabalha e, quando essa turma toda de André (Amaral) – um dos sócios do Grupo AMPAR – está reunida por um propósito em comum, não tem jeito desse propósito não dá certo”.
O ministro finalizou seu pronunciamento afirmando que os paraibanos podem contar com o governo federal, com o Ministério do Turismo, “com o nosso time lá em Brasília, porque, no que depender de nós, vamos atuar para que atividade econômica volte a funcionar mais breve possível”.
André Amaral afirma que presença do ministro do Turismo no Hotel Tambaú é um gesto simbólico para acelerar STF
O empresário André Amaral, um dos sócios do Grupo AMPAR Hotelaria e Participações Ltda, afirmou ao ministro do Turismo, Celso Sabino, nesta terça-feira (25), que está tranquilo quanto ao direito de propriedade do Hotel Tambaú. “Nosso direito é muito bom e consolidado, ministro. Há uma matéria de ordem pública que aperfeiçoa o processo e a escrituração desse imóvel. Quando o imóvel é escriturado não há mais que se discutir o direito no processo. Nós estamos tranquilos”, pontuou o executivo.
Amaral recebeu o ministro, políticos e empresários do setor turístico da Paraíba no Hotel Tambaú, em um movimento organizado pelo senador Efraim Morais Filho, aproveitando a visita de Celso Sabino à Paraíba. De acordo com o empresário, a presença do ministro foi um gesto simbólico, porque pode chamar a atenção do Judiciário no sentido de acelerar a decisão sobre o direito de posse do equipamento.
“Nós queremos é que o STJ entenda (essa pressa) e a sua presença, que é muito simbólica, da importância do Hotel Tambaú. Muita gente conhece esse ícone, mas outras pessoas talvez não tenham tido a oportunidade de entender o quanto importante para nós paraibanos”.
Amaral enfatizou que o Hotel Tambaú pertence a cada paraibano, cada um deles se sente dono proprietário. Ele citou que, por decisão do Grupo, cede ao Governo do Estado, sem custos, a área de estacionamento do equipamento para a realização do Salão do Artesanato por dois anos seguidos. “Nós sabemos do impacto positivo que isso traz”, pontuou.
“O senhor, aqui, visitando nosso estado, conhece os nossos desafios e o que nós queremos pro futuro é muito simbólico, para que o STJ entenda que a gente quer resolver essa pendência. Estou naturalmente defendendo o nosso direito de sócio e que quero empreender, mas, mais do que isso, que seja resolvido, que a gente possa devolver o hotel também à Paraíba”.