Recebemos a pergunta de uma leitora que quer entender melhor o significado das letrinhas LGBTQ+ e por que elas existem. Essa dúvida é mais comum do que parece, e é ótimo que possamos falar sobre isso de forma clara e respeitosa.
O que significa LGBTQ+?
A sigla LGBTQ+ representa um conjunto de identidades de gênero e orientações sexuais. Cada letra tem um significado específico:
• L – Lésbicas: Mulheres que se relacionam afetiva e sexualmente com outras mulheres.
• G – Gays: Homens que se relacionam afetiva e sexualmente com outros homens.
• B – Bissexuais: Pessoas que sentem atração por mais de um gênero.
• T – Transgêneros (ou Trans): Pessoas cuja identidade de gênero não corresponde ao sexo biológico com o qual nasceram. Aqui podem estar incluídas pessoas transexuais e travestis.
• Q – Queer: Um termo mais amplo para aqueles que não se identificam com as categorias tradicionais de orientação sexual e identidade de gênero.
O “+” no final da sigla indica que há outras identidades e orientações que não estão explicitamente representadas nas cinco letras principais, como pansexuais, assexuais, intersexuais e outras variações.
Como essa sigla surgiu?
A necessidade de uma sigla veio da luta por direitos e da representatividade de diferentes grupos dentro da comunidade LGBTQ+. Inicialmente, usava-se apenas GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes), mas esse termo foi considerado insuficiente, pois deixava de fora outras identidades importantes. Com o tempo, a sigla foi ampliada para representar melhor a diversidade existente dentro desse movimento.
Nos anos 1990, a ordem foi alterada para LGBT, dando mais visibilidade às lésbicas, e depois foram adicionadas outras letras para contemplar identidades de gênero e orientações que antes ficavam à margem. Hoje, em alguns lugares, já se usa LGBTQIA+, incluindo também Intersexuais (pessoas que nascem com características sexuais biológicas de ambos os sexos) e Assexuais (pessoas que não sentem atração sexual).
Por que tanta gente tem dificuldade com a sigla?
A cada nova letra, pode parecer que o termo se torna mais complicado, mas a intenção não é confundir, e sim incluir. O objetivo é dar visibilidade a todas as identidades e garantir que ninguém seja apagado ou esquecido. Como qualquer mudança cultural, leva tempo para as pessoas se acostumarem, e não há problema em ter dúvidas e perguntar com respeito – como fez nossa leitora.
O mais importante é lembrar que, por trás de cada uma dessas letras, existem pessoas reais, com suas vivências e desafios. Se no começo pode parecer um “código”, com um pouco de informação tudo fica mais simples – e, acima de tudo, mais humano.
Se tiver mais dúvidas, manda pra gente! Aqui, vergonha é o que a gente não tem.