sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Isolamento social precoce pode deixar marcas duradouras no cérebro
11/08/2025

A ausência de convívio nos primeiros anos de vida pode comprometer a organização do cérebro e aumentar o risco de doenças mentais no futuro. Pesquisas com modelos animais mostram que o isolamento social reduz a capacidade das redes cerebrais de separar e processar adequadamente os diferentes estímulos sensoriais, gerando confusão neural e respostas menos precisas.

No estudo, camundongos criados sozinhos apresentaram maior ansiedade, falhas de memória e respostas exageradas a odores, além de redes cerebrais menos organizadas. Já aqueles que viveram em ambientes sociais e estimulantes tiveram desempenho cognitivo e sensorial mais equilibrado.

Os efeitos do isolamento atingem regiões ligadas à memória, aprendizado, controle emocional e tomada de decisão. Crianças e adolescentes são especialmente vulneráveis, mas idosos e pessoas com histórico de depressão, ansiedade ou déficit de atenção também sofrem impactos relevantes.

Embora parte dos danos possa ser revertida com estímulos sociais e físicos adequados, especialistas alertam que a prevenção — por meio de interações humanas ricas desde cedo — é fundamental para proteger a saúde mental ao longo da vida.

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