sábado, 13 de dezembro de 2025
Governo distribui doses da vacina que imuniza bebês contra o vírus sincicial respiratório (VSR)
11/12/2025

Primeiras doses do imunizante já foram entregues aos estados; aplicação nos postos de saúde começa imediatamente após a chegada das doses1

O Ministério da Saúde iniciou a distribuição das primeiras doses da vacina Abrysvo1, desenvolvida pela Pfizer e incorporada neste ano ao Calendário Nacional de Vacinação da Gestante, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI)3. O imunizante foi aprovado no Brasil em abril de 2024, para a prevenção de doenças provocadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), principal causa de infecções respiratórias graves em crianças pequenas2.

A indicação materno-fetal de Abrysvo incorporada ao PNI contempla aplicação de dose única, a partir da 28ª semana de gestação1, de modo que as crianças já nasçam imunizadas contra o VSR. De acordo com informações divulgadas pelo governo, a partir do recebimento das doses pelos Estados e municípios, a disponibilização nos postos de saúde será imediata1.

“A chance de apoiar o governo na proteção contra um vírus tão impactante para as famílias como o VSR nos enche de orgulho. A vacina tem o potencial de prevenir cerca de 28 mil internações por ano, o que também representa um grande benefício para o sistema de saúde como um todo”, afirma a diretora médica da Pfizer Brasil, Adriana Ribeiro.

A chegada do imunizante ao Sistema Único de Saúde (SUS) ocorre a partir da assinatura de um acordo entre a Pfizer e o Instituto Butantan para a transferência de tecnologia, com foco na fabricação nacional da vacina. “Com esse movimento, reforçamos o compromisso da Pfizer de trabalhar para ampliar o acesso dos brasileiros a inovações que respondam aos grandes desafios de saúde do nosso tempo”, complementa Adriana.

Paralelamente à chegada da indicação materno-fetal do imunizante à rede pública, Abrysvo também vem sendo disponibilizada pelos centros e clínicas de vacinação particulares do Brasil, desde setembro de 2024, tanto para as gestantes elegíveis (de 24 a 36 semanas de gestação, conforme a aprovação regulatória no Brasil4), quanto para os idosos. Atualmente, Abrysvo é a única vacina aprovada no Brasil para imunização dos três grupos populacionais mais vulneráveis às infecções pelo VSR: bebês, idosos e adultos com comorbidades5.

Cenário epidemiológico

Os dados mais recentes para o ano epidemiológico de 2025 apontam que o VSR se manteve como a causa mais frequente de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil, detectado em 39% dos diagnósticos com resultado positivo para algum vírus respiratório6. Ao longo do ano, as crianças pequenas, menores de 2 anos, concentram os casos de hospitalizações provocadas pelo vírus1.

A forte presença do VSR no cenário epidemiológico brasileiro reforça os dados da literatura médica sobre o tema. Nos menores de 2 anos de idade, o VSR é responsável por até 40% das pneumonias e 75% dos quadros de bronquiolite – uma inflamação aguda das ramificações que conduzem o ar para dentro dos pulmões, podendo causar quadros graves, que demandam internação7

Globalmente, infecções por VSR também constituem uma das principais causas de mortes em bebês2. Altamente contagioso, o VSR está associado a surtos em ambientes hospitalares, sobretudo em unidades neonatais, com elevada morbimortalidade8. Estima-se que o VSR seja responsável por 66 mil a 199 mil mortes por ano em menores de 5 anos no mundo2.

Segurança e eficácia

A aprovação regulatória de Abrysvo no Brasil foi baseada em resultados que demonstraram a eficácia e a segurança da vacina durante os estudos realizados em seu programa de desenvolvimento clínico. No estudo de fase 3 para a indicação materno-fetal, a vacina se mostrou capaz de prevenir 82,4% das formas graves de doenças respiratórias causadas pelo VSR em crianças de até 3 meses de idade, porcentagem que se mantém elevada, em 70%, para bebês até os 6 meses9

Mais de 7 mil gestantes participaram do estudo, envolvendo 18 centros de pesquisa, sendo quatro deles localizados no Brasil: dois no Rio Grande do Sul, um em Santa Catarina e um no interior de São Paulo. “Quando a mãe recebe a vacina, os anticorpos produzidos por ela atravessam a placenta, fortalecendo o organismo do bebê, cujo sistema imunológico ainda está em desenvolvimento”, explica a diretora médica da Pfizer Brasil, Adriana Ribeiro.

“Vale destacar que o desenvolvimento de vacinas para gestantes é considerado prioritário pela Organização Mundial de Saúde, podendo reduzir as taxas de mortalidade infantil, aliviar a sobrecarga hospitalar e evitar o forte impacto das doenças para as famílias”, complementa Adriana.   

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