sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Flamengo tenta fazer ‘crediário’ para quitar dívida com empresário de Tite
01/08/2025

O Flamengo, que já despejou milhões e milhões na conta de treinadores demitidos nos últimos anos, agora resolveu pedir parcelamento para pagar uma dívida que, perto do seu histórico, parece coisa de botequim. O clube levou à Justiça um pedido para dividir em seis suaves prestações a quantia de pouco mais de R$ 140 mil que ainda deve ao empresário Gilmar Veloz, representante de Tite.

No processo, que corre na 28ª Vara Cível do Rio, o Flamengo informou já ter quitado 30% do débito, cerca de R$ 61 mil, e propôs pagar o restante em parcelas mensais de R$ 23.757,66. A dívida original era de R$ 168 mil e, somando juros, multa, honorários e custas, passa dos R$ 200 mil. A Justiça ainda vai analisar se aceita o pedido.

Para um clube que torrou R$ 15 milhões para mandar Vítor Pereira embora em 2023, e R$ 11,5 milhões para se livrar de Domènec Torrent, o pedido soa quase como piada. É como se, depois de comprar um carro de luxo à vista, o Flamengo estivesse parcelando a gasolina.

A lista de indenizações da era Rodolfo Landim impressiona:

– Vítor Pereira (2023): R$ 15 milhões

– Jorge Sampaoli (2023): R$ 9,5 milhões

– Paulo Sousa (2022): R$ 7,7 milhões

– Domènec Torrent (2020): R$ 11,5 milhões

– Rogério Ceni (2021): R$ 3 milhões

– Tite (2023): mais de R$ 3 milhões

Enquanto isso, Abel Braga, Jorge Jesus, Renato Gaúcho e Dorival Júnior saíram sem multa.

O curioso é que, em meio a cifras de Champions League, o clube agora virou personagem de novela de fiado, negociando na Justiça um valor que, para os padrões rubro-negros, não paga nem uma semana do salário de Arrascaeta.

O último treinador a começar e terminar uma temporada pelo Flamengo continua sendo Vanderlei Luxemburgo, lá em 2011. Entre demissões milionárias e dívidas de “boleto”, a tradição rubro-negra de queimar técnicos segue firme.

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