O Botafogo de Davide Ancelotti deu mais uma prova de que está no caminho certo. A vitória por 2 a 0 sobre o Bragantino, nesta terça-feira no Nilton Santos, não foi apenas um passo importante rumo às quartas de final da Copa do Brasil — foi também a confirmação de uma evolução que salta aos olhos. O time alvinegro, que poderá até perder por um gol em Bragança Paulista para se classificar, soube explorar melhor as características individuais de seus jogadores e mostrou um contra-ataque letal, que já se tornou uma marca dessa nova fase.
Não por acaso, a arma mais mortal do Botafogo lembra muito a do Real Madrid nos tempos de Carlo Ancelotti: um contra-ataque fulminante, construído com precisão cirúrgica. É como se o jovem Davide, filho do atual técnico da Seleção Brasileira, tivesse herdado mais do que o sobrenome. E, diferentemente de muitos filhos de treinadores que permanecem como auxiliares — casos conhecidos no futebol brasileiro — Davide resolveu arriscar um voo solo. Por enquanto, está mostrando que tem potencial para ir muito além da sombra do pai.
A chance dada pelo Botafogo pode estar revelando ao futebol mundial um novo nome promissor no comando técnico. A vitória contra o Bragantino foi só mais uma prova de que o trabalho de Davide Ancelotti começa a ganhar corpo e identidade própria.