Especialista alerta: má postura, uso de calçados inadequados e excesso de peso estão entre os principais fatores que favorecem dores no joelho e dificultam atividades simples do dia a dia, como subir escadas.

A dor no joelho é uma queixa recorrente em milhões de pessoas em todo o mundo, muitas vezes sem ligação direta com uma lesão traumática. Esse incômodo, que pode comprometer a qualidade de vida, tem origem em interações biomecânicas complexas e, em muitos casos, não aparece em exames de imagem convencionais.

Segundo Danilo Medeiros, fisioterapeuta esportivo e cofundador da clínica Player, a ausência de sinais em uma ressonância, por exemplo, não significa que não haja problema. “Na maioria das vezes, a dor é um alerta de desequilíbrios sutis que acabam sobrecarregando a articulação ao longo do tempo”, explica.

Entre as causas mais comuns de dor sem lesão aparente estão a osteoartrite, a artrite reumatoide, bursite, luxação patelar, síndrome da banda iliotibial, tendinite patelar, excesso de peso e, em casos menos frequentes, infecções ou tumores.

Para identificar a origem do problema, o diagnóstico funcional é considerado essencial, pois avalia não apenas o joelho, mas o corpo como um todo. A análise inclui postura, alinhamento entre coluna, quadril, tornozelo e pé, movimentos de flexão e extensão em diferentes situações e testes de força muscular, que ajudam a revelar encurtamentos ou fraquezas.

A prevenção passa por três pilares principais: fortalecimento muscular, controle do peso e melhora da mobilidade. O uso de calçados adequados também é apontado como aliado para evitar sobrecarga. “A chave para joelhos saudáveis está na prevenção ativa. É preciso investir em exercícios individualizados, que fortaleçam os músculos certos e corrijam padrões de movimento inadequados”, destaca Danilo Medeiros.

Além de reduzir o risco de dores e lesões, essas medidas podem melhorar a performance física e garantir mais qualidade de vida.