sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Desigualdade de gênero persiste em cargos de liderança e preocupa empresas no Brasil
20/11/2025

Apesar dos avanços recentes, a presença feminina em cargos de decisão no Brasil ainda cresce em ritmo lento e desigual. O Global Gender Gap Report 2025 estima que o mundo levará 123 anos para alcançar a paridade de gênero. No mundo, apenas 31% dos cargos de liderança sênior são ocupados por mulheres, com o Brasil ocupando a 72ª posição no ranking global de equidade de gênero, duas colocações acima do ano anterior.

Os dados do Panorama Mulheres 2025 realizada pelo Instituto Talenses Group em parceria com o Núcleo de Estudos de Gênero do Insper, reforçam o cenário de estagnação. Somente 17,4% das empresas brasileiras têm uma mulher na presidência, e a participação feminina nas vice-presidências caiu de 34% em 2022 para 20% em 2024. Quando se trata de intersecção com outras minorias, o número é ainda pior: entre 310 companhias analisadas, apenas oito contam com mulheres com deficiência em cargos de alta gestão.

Para Joyce Romanellisócia-diretora da Fluxus, empresa especializada no desenvolvimento de lideranças, idealizadora do programa Liderança Feminina, que já impactou mais de 20 mil mulheres em todo o Brasil, o problema não está na falta de talento, mas na falta de estrutura. “Não é uma questão de competência ou ambição. É uma questão estrutural — de quem é autorizado a avançar, de quem é constantemente sobrecarregado e de quem tem suas conquistas invisibilizadas”, afirma.

A partir da atuação da Fluxus no desenvolvimento de milhares de lideranças, Joyce estrutura sua abordagem em quatro pilares para fortalecer trajetórias femininas dentro das empresas: imaginar (transformar o impossível em realidade), reconhecer (valorizar a própria trajetória), criar redes (fortalecer alianças) e ampliar espaços (agir intencionalmente para promover equidade).

Joyce defende que a equidade de gênero não pode ser tratada como uma pauta de inspiração, mas de gestão e responsabilidade organizacional. “Diversidade sem intencionalidade gera frustração. As empresas precisam sair do discurso e investir em programas que formem lideranças conscientes, que questionem padrões excludentes e promovam oportunidades reais de ascensão. Isso inclui homens aliados e lideranças mistas comprometidas com o tema”, explica.

Ela destaca ainda o papel econômico da inclusão feminina, em que estudos como da consultoria McKinsey, destacam que empresas com mais mulheres em cargos de liderança apresentam maior rentabilidade, inovação e retenção de talentos. “Equidade não é apenas uma pauta social. É um vetor de sustentabilidade e performance. Ignorar isso é desperdiçar potencial humano e competitivo”, conclui.

Sobre a Fluxus Educação Corporativa

A Fluxus é uma empresa de educação corporativa especializada no desenvolvimento de lideranças e responsável por ajudar empresas a instrumentalizar suas equipes e transformar boas intenções em cultura organizacional, com ritmo, clareza e lideranças conscientes. Com foco em liderança, cultura organizacional e inovação, oferece palestras, mentorias e treinamentos para empresas de diversos segmentos. Para mais informações, acesse: https://www.fluxus.live/

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