sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Como prevenir e retardar o declínio cognitivo com o avanço da idade
28/07/2025

Com o envelhecimento da população e o aumento dos casos de demência, cresce também o interesse por formas de preservar a saúde do cérebro. Em entrevista ao Wall Street Journal, o médico Zaldy Tan, especialista em distúrbios cognitivos da Universidade da Califórnia (UCLA), respondeu a uma série de perguntas sobre como manter o bom funcionamento mental com o passar dos anos.

A principal dica do especialista é simples: atividade física regular. Segundo ele, caminhadas diárias e exercícios moderados têm impacto direto na saúde cerebral. “É o único tratamento preventivo eficaz comprovado”, disse. O médico caminha diariamente, mesmo com a agenda cheia, e afirma que o exercício também ajuda a dormir melhor — outro fator fundamental para o cérebro.

Ter familiares com Alzheimer aumenta significativamente o risco da doença, mas isso não significa que o destino esteja selado. Hábitos saudáveis podem ajudar a reduzir as chances de desenvolver problemas cognitivos mesmo entre aqueles com predisposição genética.

Alimentação rica em frutas, vegetais e gorduras boas também faz diferença. Estudos apontam que pessoas que seguem dietas como a mediterrânea apresentam risco reduzido de demência. Por outro lado, deficiências de vitaminas B12 e ácido fólico estão ligadas a alterações cognitivas, especialmente em vegetarianos e veganos que não suplementam adequadamente esses nutrientes.

Outro alerta é em relação ao uso de medicamentos para dormir. Segundo Zaldy, o sono é essencial para a consolidação de memórias e regeneração cerebral. Mas o uso crônico de pílulas pode prejudicar esse processo, afetando ainda mais o desempenho cognitivo.

Para quem deseja monitorar a saúde mental, o especialista recomenda o exame Self-Administered Gerocognitive Exam (SAGE), um teste simples que pode ser feito em casa e ajuda a identificar sinais precoces de declínio.

Embora ainda não exista uma fórmula mágica contra o envelhecimento cerebral, há um consenso crescente: cuidar do corpo, da alimentação e do sono pode ser o caminho mais eficaz para manter o cérebro afiado — mesmo na velhice.

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