sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Com 19 anos e 7 títulos, o garoto Endrick enfrenta o maior desafio: provar que não naufragou
22/07/2025

Endrick completou 19 anos nesta segunda-feira (21) com um feito impressionante: é, disparado, o jogador da nova geração com mais títulos conquistados no futebol mundial. São sete troféus no currículo, número que nenhum outro garoto da sua idade chegou perto de alcançar. Cinco deles vieram com a camisa do Palmeiras — dois Campeonatos Brasileiros, dois Paulistões e uma Supercopa do Brasil. Os outros dois foram conquistados pelo gigante Real Madrid: o Mundial de Clubes e a Supercopa da Europa.

Esse currículo, por si só, já colocaria Endrick em posição privilegiada em qualquer comparação com seus contemporâneos. Mas a verdade é que a expectativa criada em torno desse garoto nascido em Taguatinga-DF foi tão grande — tão desproporcional — que muita gente já começa a tratar sua trajetória no Real Madrid como um “fracasso”. Um erro de avaliação.

Endrick chegou ao maior clube do mundo exatamente há um ano, quando completou 18, e com a missão de brigar por posição com ninguém menos que Kylian Mbappé. Disputar espaço com um dos melhores do mundo é uma tarefa pra lá de ingrata — até para um jogador maduro. Imagine para um adolescente.

Ainda assim, o jovem brasiliense teve poucas oportunidades com o técnico Carlo Ancelotti. Menos do que talvez merecesse. E essa ausência de minutos em campo levanta dúvidas até sobre seu futuro na Seleção Brasileira.

Há quem diga que o treinador italiano talvez nem conte  com ele. Pior: há quem fale em um possível atrito pessoal entre os dois, embora nada oficialmente tenha vindo à tona. Recentemente, o ex-jogador e comentarista Vampeta ventilou que Endrick estaria enfrentando problemas de relacionamento por ter conquistado a fama de “mascarado”, expressão típica do futebol para jogadores que exageram na ostentação — no caso dele, roupas de grife, posturas vaidosas e certa dificuldade de se encaixar nos grupos de vestiário.

Se há verdade nisso, só o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: talento, ele tem de sobra. O que falta agora é maturidade. Endrick precisa ser lapidado, precisa aprender a se adaptar ao jogo coletivo europeu e à complexidade do futebol de alto nível. E isso exige paciência.

O Real Madrid não investiu 40 milhões de euros à toa. Endrick é visto como um ativo valioso e, mesmo sem jogar regularmente, já desperta interesse de clubes da Inglaterra e da Itália, dispostos a desembolsar uma fortuna por sua contratação. Isso mostra que ele continua sendo respeitado — e, acima de tudo, valorizado.

A joia do futebol brasileiro ainda não brilhou como se esperava no Bernabéu. Mas está longe de ser um caso perdido. Está só começando.

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