Uma pesquisa online realizada pelo Instituto Ipsos a pedido da farmacêutica Novartis, entre 25 de agosto e 2 de setembro, ouviu duas mil pessoas em todo o Brasil e revelou maior preocupação dos brasileiros com a saúde do coração. Do total, 64% afirmaram ter adotado novos hábitos, como alimentação mais equilibrada (70%), prática de exercícios físicos (64%) e atividades para reduzir o estresse (45%).
A cardiologista Maria Cristina Izar, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), destacou que os resultados mostram avanço na conscientização. “As pessoas estão mais informadas e interessadas em preservar a saúde, o que é fundamental para o envelhecimento saudável”, avaliou.
Apesar desse cenário positivo, persistem lacunas: 51% dos entrevistados não sabiam que os sintomas de infarto diferem entre homens e mulheres. Nas mulheres, além da dor no peito, podem surgir sinais como cansaço extremo, náusea, dor nas costas, no pescoço ou falta de ar — sintomas muitas vezes confundidos com estresse ou ansiedade, o que atrasa o diagnóstico.
O estudo também mostrou que 82% sabem que o infarto pode atingir qualquer faixa etária, 77% reconhecem a existência de diferentes tipos de colesterol e 55% entendem a relação entre colesterol ruim (LDL) e risco cardiovascular. Oito em cada dez já fizeram exames para medir o colesterol, mas 18% admitem não levar os resultados ao médico. Para Izar, isso é preocupante: “É essencial que os exames sejam avaliados por um especialista para definir condutas adequadas”.