sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Brasil volta a ter protagonismo no ranking mundial da IFFHS
17/11/2025

A divulgação do novo ranking da Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol coloca novamente o futebol brasileiro em evidência. No topo aparece o Paris Saint-Germain, seguido por Real Madrid, Chelsea, Inter de Milão e Bayern de Munique, nomes que já fazem parte da paisagem natural de qualquer lista mundial. A partir daí, o olhar desce a tabela e encontra um dado que merece destaque: quatro clubes brasileiros figuram entre os vinte melhores times do planeta, segundo o desempenho dos últimos doze meses.

O Palmeiras surge em oitavo lugar, posição que reflete um trabalho de muitos anos. É líder do Campeonato Brasileiro, está na final da Libertadores e chegou às quartas do Mundial de Clubes. Logo depois aparece o Flamengo, décimo colocado, outro finalista da Libertadores e dono de campanha sólida no Brasileirão, além do título recente da Copa do Brasil. São clubes que não surgem por acaso nesse tipo de ranking. Têm estrutura, planejamento, base forte, elenco amplo e um faturamento que os coloca num patamar superior no continente. Como se diz no Nordeste, têm “café no bule”. E isso não é para qualquer um.

Os sul-americanos, especialmente os argentinos, reclamam da hegemonia de Flamengo e Palmeiras na América do Sul. Mas é bom lembrar que, quando Boca e River dominaram o continente por tantos anos, ninguém por aqui protestava. Eles estavam lá por mérito. Agora, com papéis invertidos, a lógica é a mesma. Flamengo e Palmeiras colhem o que plantaram, e só surpreende quem não acompanha de perto o crescimento dessas duas potências brasileiras.

Fluminense e Botafogo completam a presença nacional no top-20, ocupando a 16ª e a 18ª posições. São casos distintos. O Botafogo viveu seu auge em 2024, ano mágico em que conquistou a Libertadores e o Campeonato Brasileiro. Nesta temporada, o desempenho é mais modesto. Já o Fluminense brilhou na campanha do Mundial de Clubes, mas segue um time irregular, capaz de grandes jogos e de quedas inesperadas. Estar na lista é justo, mas a permanência entre os primeiros depende de estabilidade – algo que ambos ainda buscam.

Com Flamengo e Palmeiras, porém, é diferente. Eles não vivem de lampejos, vivem de estrutura. Não dependem do acaso, dependem de planejamento. Não aparecem no ranking por um bom semestre, mas por anos consecutivos de protagonismo. E é por isso que, num ranking global liderado pelo Paris Saint-Germain e recheado de gigantes europeus, não surpreende que dois clubes brasileiros estejam entre os dez melhores do mundo. Estão ali porque são, hoje, os melhores da América do Sul – e porque têm, de fato, capacidade para continuar assim.

Na edição impressa do Jornal de Brasília desta 2a feira (17)

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