O Arsenal, segundo as informações vindas da imprensa inglesa “The Guardian”, chegou a um acordo com o Liverpool para contratar Olivia Smith, jovem atacante canadense, de 20 anos, por 1 milhão de libras (algo próximo a R$ 7,52 milhões).
Sendo confirmada a contratação de Olívia por esse valor, se tomará o símbolo do momento de valorização do futebol feminino.
O valor, que bate recorde mundial, sinaliza não apenas o reconhecimento do talento da jovem jogadora, mas também a valorização crescente das atletas.
A negociação, feita entre clubes, representa uma nova era em que o futebol feminino começa a se aproximar dos padrões tradicionais do masculino em termos de mercado, com o pagamento de indenização pela rescisão antecipada do contrato de trabalho das jogadoras para o antigo clube é a profissionalização.
No Brasil, esse movimento ainda engatinha. Por aqui, a regra ainda tem sido esperar o fim do contrato das atletas ou, no máximo, realizar acordos onde existe apenas o pagamento em forma de devolução de salários já recebidos.
Esse modelo que ainda domina no Brasil, além de desvalorizar o ativo esportivo que os clubes formam, desestimula investimentos estruturais, como em categorias de base. Pois o clube só gasta com a atleta, que é vista como despesa e não fonte de receitas.
É hora de mudar essa lógica. O pagamento por transferências, antes do final do contrato, entre clubes deve se tornar prática comum no futebol feminino brasileiro.
Isso não apenas fortalece o mercado interno, mas também incentiva a formação de atletas e a valorização de suas carreiras desde as categorias de base, com retorno garantido para os clubes por meio dos mecanismos de solidariedade e formação previstos pela FIFA.