Quem nunca criou uma cena erótica na cabeça e pensou: “Isso aqui é incrível… mas só aqui mesmo”? Se você já se pegou curtindo fantasias sexuais sem a menor vontade de vivê-las na vida real, pode ser que a autochorissexualidade faça parte do seu universo. 

O nome é um trava-língua, mas a ideia é simples: auto (si mesmo) + choris (separado) + sexualidade. Traduzindo, é a atração sexual por situações fictícias ou cenários imaginados, sem o desejo de experimentá-los de verdade. Ou seja, o tesão está na fantasia – e só nela. 

Como reconhecer? Você lê ou escreve eróticos e adora, mas não quer participar daquilo. Assiste a pornô ou consome conteúdo sensual e se excita, mas não tem interesse em reproduzir as cenas. Inventa histórias sexuais elaboradas na mente e acha mais gostoso assim do que de fato realizá-las. 

“Ah, mas isso não é só medo de experimentar?” Pode ser, mas não é regra! Enquanto algumas pessoas evitam situações reais por insegurança ou ansiedade, na autochorissexualidade não há vontade de concretizar, mesmo que não existam bloqueios emocionais. A satisfação está no imaginário, e pronto. 

“Isso significa que sou assexual?” Não necessariamente! Pessoas assexuais geralmente não sentem atração sexual por outros, enquanto a autochorissexualidade envolve fantasias com conteúdo sexual, só que sem a parte prática. Pode coexistir com qualquer orientação (hétero, gay, bi, pan etc.). 

E se eu me identifico? Se você se sente confortável, ótimo! Não há problema em curtir suas fantasias do jeito que são. Se isso te gera dúvidas ou incômodo, vale refletir ou conversar com um profissional de saúde sexual. 

O importante é lembrar: não existe jeito errado de sentir prazer, desde que seja consensual e saudável. E se o seu tesão preferir morar só na sua cabeça, tudo bem também!