Nos últimos dias surgiram relatos, em diversos sites e perfis de rede social, trazendo a informação de que as atletas da equipe feminina do Avaí/Kindermann estão enfrentando atrasos salariais que já se prolongam por cerca de dois meses.
Diversas publicações apontam que metade dos valores referentes a maio foi quitada, enquanto o restante permanece pendente e os vencimentos de junho ainda não estão definidos.
Essa irregularidade afeta diretamente a condição financeira das jogadoras, contratadas mediante contratos de prestação de serviços e não como empregadas formais, com a CTPS assinadas.
Consequentemente, muitas delas ficam sem recursos para arcar com despesas básicas, lembrando que o clube mantém o alojamento e a alimentação sendo fornecidos.
A questão que preocupa as atletas é sobre o atraso no pagamento do salário, gerando constrangimento e insegurança entre elas.
O atraso mensal altera o planejamento financeiro individual das atletas, que vivem à base de um contrato já precário no futebol feminino.
Não podendo ser considerado um simples inadequado contratual, mas, um a razão de constrangimento extra patrimonial, que traz consequências ao clube.
Mesmo que o clube tenha quitado apenas parcialmente os compromissos financeiros, a falta da totalidade dos pagamentos afeta diretamente o sustento e o bem-estar das atletas.
Apesar do clube não correr risco de sanção desportiva, a manutenção desse atraso compromete a imagem do Avaí Kindermann e ilustra a precária situação vivida por muitas atletas no futebol feminino brasileiro.
Existe o risco elevado de distrações das atletas em razão das dificuldades financeiras na véspera de compromissos esportivos.
Mais que uma obrigação contratual, o pagamento do salário integral e no dia correto trata-se de respeito ao trabalho das atletas e à própria imagem do clube, especialmente em um cenário onde o futebol feminino luta por profissionalização e igualdade.