O Arsenal anunciou que, na temporada 2025/26, todas as partidas da equipe feminina pela Women’s Super League (WSL) – a primeira divisão do futebol feminino da Inglaterra – serão disputadas no Emirates Stadium.
Isso é um marco e tanto, não só para o clube, mas para o futebol feminino como um todo.
É um grande passo simbólico e prático que reforça o valor das jogadoras dentro da estrutura do clube, que passará a dividir o palco com a equipe masculina.
Muita gente pensa que abrir os portões de um estádio desse tamanho, estamos falando do estádio principal da equipe, custa caro – e realmente custa.
Uma vez que entra na conta: segurança, operação, logística.
Mas o Arsenal mostra que, mesmo assim, vale a pena levar para sua casa os jogos, até porque deve elevar a presença de publico e renda.
A conquista recente da UEFA Women’s Champions League não só trouxe troféu, mas também respeito e investimento.
Jogar no Emirates é mais do que uma decisão logística: é uma afirmação de igualdade e reconhecimento, da importância das meninas na estrutura de negócios do clube.
O público tem comparecido em peso, o que demonstra que há demanda, sim.
Com bons horários, bom acesso e um estádio de verdade, as pessoas comparecem. É uma relação de confiança que o clube criou com sua torcida do time feminino.
Além disso, o clube está inovando em pacotes de bilhetes exclusivos para o feminino, dando opções acessíveis e incentivando presença constante nas arquibancadas, garantia de receita para o ano.
Esse movimento do Arsenal pode servir de exemplo para clubes do mundo inteiro. Mostrar que o futebol feminino não é uma obrigação imposta pela FIFA, mas parte central do projeto esportivo.
Entretanto, isso no Brasil ainda é um sonho distante, o feminino jogar nos estádios principais. Por mais que equipes femininas conquistem títulos importantes, continuam relegadas a jogar em centros de treinamento ou estádios alternativos, sob a justificativa do alto custo. Resultado: torcidas afastadas, em razão do acesso complicado e falta de estrutura.
Um cenário que só muda com vontade política dos clubes de camisa.