Nem “drama”, nem “TPM forte”. Psicólogo do IBFT aponta sinais de alerta e explica como a TRG auxilia no reprocessamento deste sofrimento psíquico profundo
Estudo da Harvard Medical School, replicado no Brasil pela Fiocruz, revela que 25% das mulheres apresentam sintomas emocionais severos na fase pré-menstrual, como crises de pânico, impulsividade e sensação de abandono. O fenômeno é classificado como Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM), frequentemente tratado apenas com medicação hormonal ou ansiolíticos.
Para o psicólogo Jair Soares dos Santos, fundador do Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas (IBFT) e criador da Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG), esse ciclo pode ser compreendido como uma “janela emocional”, em que conteúdos reprimidos emergem com menos filtros racionais. “Há mulheres que passam dez dias por mês em sofrimento psíquico intenso, e isso precisa ser escutado com mais profundidade”.
Segundo Soares, a TRG tem sido aplicada para identificar quais experiências são reeditadas nesse período. A metodologia parte da premissa de que os sinais não devem ser vistos como falhas do corpo, mas como mensagens do inconsciente. “Uma mulher com os traumas resolvidos tende a ter menos sintomas no ciclo. Não se trata de drama, mas de um pedido legítimo de atenção, afinal o TDPM afeta produtividade, aumenta o absenteísmo e gera conflitos interpessoais. A integração entre cuidado hormonal e escuta emocional amplia as possibilidades de tratamento”.
Quando buscar ajuda para ansiedade menstrual?
Sinais de alerta
- Crises de pânico ou ansiedade recorrentes nos dias que antecedem a menstruação.
- Alterações bruscas de humor, com impulsividade e sensação de abandono.
- Dificuldade para manter a rotina de trabalho, estudo ou convivência social.
- Isolamento e conflitos familiares ou profissionais durante o período.
- Uso frequente de ansiolíticos ou antidepressivos sem acompanhamento adequado.
O que fazer
- Procurar avaliação médica para descartar outras condições físicas.
- Buscar acompanhamento psicológico para compreender os fatores emocionais envolvidos.
- Considerar terapias integrativas, como a TRG (Terapia de Reprocessamento Generativo), voltadas para a identificação e reprocessamento de traumas associados aos sintomas.
Hoje, o TDPM já é reconhecido pela medicina como diagnóstico próprio, mas o tratamento ainda costuma ficar restrito ao uso de medicações. “O que defendemos é ampliar essa abordagem, integrando o cuidado hormonal com a escuta das raízes emocionais. Quando não há acompanhamento, o sofrimento se repete mês após mês e pode evoluir para quadros de depressão, crises de pânico e até afastamento no trabalho”, aponta o psicólogo. “A grande diferença em relação a outros transtornos é a ciclicidade: os sintomas aparecem e se intensificam sempre nos dias que antecedem a menstruação e isso precisa ser olhado com mais profundidade”, finaliza.
Sobre o IBFT
O Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas (IBFT) é uma instituição educacional dedicada à formação de terapeutas especializados em saúde emocional. Fundado com o propósito de transformar vidas por meio do conhecimento, o IBFT oferece formações em diversas áreas, incluindo a Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG), uma metodologia desenvolvida para tratar dores emocionais profundas. Com mais de 50 mil terapeutas formados no Brasil e no exterior, o instituto se destaca por sua abordagem prática e eficaz no tratamento de traumas, fobias, depressão, ansiedade e outros transtornos emocionais.