A Seleção Brasileira entra em campo nesta quinta-feira para mais uma rodada das Eliminatórias Sul-Americanas, mas o debate fora de campo voltou a girar em torno de Neymar. E, pela enésima vez, Carlo Ancelotti deixou claro que não há tratamento diferenciado para o atacante.
Ao ser questionado, o técnico italiano afirmou que Neymar está na mesma prateleira dos demais jogadores observados. Reconheceu a qualidade indiscutível do camisa 10, mas ressaltou que sua condição física está abaixo do que exige o futebol moderno. Para ele, jogar pelo Santos não é suficiente: “Para estar na Seleção, é preciso estar 100% fisicamente e jogar pela equipe, não individualmente”, resumiu.
A postura de Ancelotti contrasta com a de treinadores brasileiros recentes, como Dorival Júnior e Fernando Diniz, que muitas vezes precisaram dosar críticas e preservar o status de Neymar dentro do grupo. O comandante da Seleção, ao contrário, não tem a menor necessidade de agradar: seu currículo fala por si. Acostumado a lidar com superestrelas como Cristiano Ronaldo, Ancelotti não enxerga intocáveis no elenco.
A mensagem é simples: ou Neymar entra em forma, ou seguirá de fora. Na Seleção de Ancelotti, peso de nome e talento técnico não bastam — o que conta é a condição de entregar em alto nível.
O Brasil enfrenta o Chile nesta quinta-feira, ás 21h30 (de Brasília), no Maracanã, em seu último compromisso em solo brasileiro antes do Mundial. Depois, encara a Bolívia, fora de casa, na terça-feira (9).
Vale destacar que a seleção já tem compromisso marcado contra Coreia do Sul e Japão, em 10 e 14 de outubro, respectivamente, além de amistosos contra seleções africanas e europeias nas Datas Fifa de novembro e março. Em junho de 2026, o grupo se reúne para um último amistoso – já com a formação que disputará o Mundial.