
Carlo Ancelotti revelou à ESPN Brasil que gostaria de seguir no comando da seleção até 2030. Disse que assinou contrato só até a Copa de 2026 porque “naquele momento era o mais correto”, mas que não vê problema em estender: “Depois da Copa do Mundo, está tudo aberto. Estou muito contente aqui, minha família também está contente. Seria legal ficar até 2030.”
A declaração chama atenção quando lembramos como começou a história. No dia 25 de maio, Ancelotti desembarcou no Rio de Janeiro e foi recebido em meio ao caos. A diretoria da CBF havia sido destituída pela Justiça e, de forma surpreendente, Samir Xaud — um dirigente desconhecido da Federação de Roraima — caiu de paraquedas na presidência da entidade mais cobiçada pelos maiores cartolas do Brasil e até do mundo. Na foto em destaque, vemos a chegada do treinador, com cara assombrada no aeroporto, simbolizando todo aquele clima de incerteza absoluta.
Passados pouco mais de três meses, o italiano se mostra encantado com o que encontrou. Ele vem elogiando a fartura ofensiva do Brasil — “uns 15 atacantes de bom nível, algo que nenhuma outra seleção tem” — e nem está contando Neymar, ainda fora de forma. Os jogadores também se renderam ao “jeito paizão” do técnico: Bruno Guimarães e Luiz Henrique relataram à emissora a proximidade e a confiança que ele transmite ao grupo. Para completar a adaptação, o treinador já está quase falado português, e o filho, Davide, conseguiu um empregão como técnico do Botafogo.
É como se a família Ancelotti tivesse “amarrado o burro na sombra”. Mas aqui, como em qualquer outro pais – ele sabe muito bem – só há um critério de permanência: ganhar títulos. A derrota para a Bolívia, mesmo com time alternativo e nas condições extremas da altitude, já trouxe críticas duras. No futebol, a história só é escrita pelos campeões.
Se trouxer a Hexa, pode sonhar com 2030. Se não, um abraço.