sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Ancelotti é mais um condenado por fraude fiscal que não vai preso — como todos no futebol
09/07/2025

O técnico da seleção brasileira, Carlo Ancelotti, foi condenado nesta quarta-feira (9) por um tribunal de Madri a um ano de prisão por não declarar corretamente os ganhos com direitos de imagem durante sua primeira passagem pelo Real Madrid, em 2014. A pena, no entanto, não será cumprida em regime fechado, conforme prevê a legislação espanhola para condenações de até dois anos em casos não violentos e sem reincidência.

Segundo o tribunal, Ancelotti — que treinou o clube merengue entre 2013 e 2015, e novamente de 2021 a 2025 — já quitou a multa aplicada pelas autoridades fiscais, o que reforça o caráter mais simbólico e constrangedor da condenação do que propriamente punitivo. Ele foi absolvido da acusação relativa ao ano de 2015, quando já havia deixado a Espanha rumo a Londres após ser demitido pelo clube.

O caso de Ancelotti está longe de ser isolado. Na Espanha, onde a fiscalização tributária é considerada uma das mais rigorosas da Europa, é extensa a lista de craques e treinadores que já enfrentaram problemas semelhantes. O atual técnico do Real Madrid, Xabi Alonso, também foi investigado por fraude fiscal durante seu tempo como jogador do Liverpool, em 2004. Acabou absolvido após uma longa disputa judicial.

Outros nomes de peso também já tiveram seus nomes associados a escândalos fiscais, como Lionel Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar, Diego Maradona e José Mourinho. Em todos os casos, os acusados fizeram acordos financeiros ou pagaram multas, sem cumprir pena de prisão.

A repetição desses episódios levanta questionamentos sobre a complexidade da legislação tributária no futebol europeu, especialmente no que diz respeito a contratos de imagem, que muitas vezes envolvem empresas sediadas fora do país.

Apesar da condenação, Ancelotti segue prestigiado à frente da seleção brasileira, com respaldo da CBF e expectativa de liderar o time na Copa do Mundo de 2026.

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