segunda-feira, 31 de março de 2025
A falsa terapia sexual do picareta do sertão
25/03/2025

Direto do Sertão de Pernambuco, mais precisamente da cidade de Arcoverde, chegou até nós um caso que mistura tarô, abuso de poder e uma promessa inusitada: a de um “sexo divino” como forma de cura terapêutica. Pois é, leitor, nem o Kama Sutra previu essa!

Um homem de 28 anos, que se apresentava como psicólogo e psicanalista, foi preso após denúncias de pelo menos cinco mulheres. Segundo as vítimas, o sujeito dizia que os problemas de saúde mental só seriam resolvidos com uma sessão de… digamos… penetração espiritual. E não estamos falando de metafísica.

Além disso, o autointitulado terapeuta usava cartas de tarô como instrumento “científico” para prever o futuro das pacientes — que, misteriosamente, sempre envolvia tirar a roupa. Ele vendia o “sexo divino” como cura milagrosa, mas tudo o que entregava era abuso, fraude e charlatanismo.

Mas afinal… existe mesmo esse tal sexo divino?

A resposta é: depende. Se por “divino” você entende aquele momento em que os corpos se alinham, o gemido vira oração e a respiração parece mantra, então sim, o sexo pode ser sagrado. Mas ele só é divino quando há consentimento, respeito, desejo mútuo e, claro, quando não envolve um suposto terapeuta prometendo milagres em troca de nudes presenciais.

Como saber se seu psicólogo está te tratando ou te paquerando?

Anote aí umas dicas preciosas pra não confundir divã com motel:

      1.   CRP na parede, amor!

Psicólogo de verdade tem registro no Conselho Regional de Psicologia. Se não tem, desconfie. E se o consultório tiver luz vermelha, desconfie dobrado.

      2.   Sessão é pra falar da mente, não abrir as pernas.

Se em algum momento ele ou ela insinuar que um “contatinho” com o terapeuta vai melhorar sua ansiedade… saia correndo. Isso é antiético e criminoso.

      3.   Nada de tarô, astrologia ou “vem cá que eu te curo no toque”.

Terapia séria tem método, não mandinga. Pode até rolar uma analogia ou metáfora criativa, mas não um strip-tease espiritual.

      4.   Sedução disfarçada de terapia é manipulação.

Psicólogo que se aproveita da vulnerabilidade emocional do paciente está cometendo um abuso. Ponto final.

E se você quiser sexo divino de verdade?

Aí a gente recomenda: escolha bem seu parceiro, pratique comunicação aberta, explore fantasias, respeite limites e capriche nas preliminares. Com sorte (e lubrificante), o céu vem.

Moral da história: cura emocional pode até passar pelo prazer, mas nunca pelo abuso. Se alguém prometer salvação entre quatro paredes, lembre-se: nem todo milagre vem de Deus — alguns vêm direto da cara de pau mesmo.

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Sem Vergonha
Sem Vergonha

Essa não é uma coluna pornográfica – longe disso. O casal João e Maria vai falar falar sobre sexo com respeito, leveza e sem rodeios, abordando os temas que fazem parte da vida de todas as pessoas, casais, homens e mulheres. Escreva pra nós: redacao@onorteonline.com