sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
A dispensa de Neymar no PSG expõe dilema que Ancelotti pode repetir na Seleção
16/09/2025

A saída de Neymar do Paris Saint-Germain rumo ao futebol saudita teve um componente decisivo que foi muito além do mercado bilionário do Oriente Médio. A mudança coincidiu com a chegada de Luis Enrique ao comando do clube francês, em 2023. E foi justamente o treinador espanhol quem deixou claro, logo nos primeiros encontros, que não contava com o craque brasileiro.

Segundo revelou o dirigente português Luis Campos, em entrevista à rádio RMC, Enrique foi direto ao conversar com Neymar: “É bom que você saia”. A justificativa do técnico foi pragmática: seu modelo de futebol se baseava no coletivo, em jogadores que demonstrassem comprometimento e regularidade nos treinos semanais. Pouco importava a genialidade individual se ela não viesse acompanhada de entrega e disciplina.

A decisão foi emblemática porque Luis Enrique conhecia Neymar como poucos. Sob seu comando, no Barcelona, o camisa 10 viveu uma das fases mais brilhantes da carreira, conquistando a Champions League em 2015 ao lado de Messi e Suárez no lendário trio MSN. Mesmo assim, anos depois, o treinador não hesitou em abrir mão de Neymar no PSG em nome de um ambiente mais saudável no vestiário.

O caso, agora, encontra paralelo na Seleção Brasileira. Carlo Ancelotti, que assumiu o comando da equipe, também reconhece o talento extraordinário de Neymar, mas dá sinais de que seguirá a mesma linha de Enrique: priorizar a coesão do grupo, a força física e a preparação completa dos atletas. A lógica é a mesma — craques desequilibram, mas não podem estar acima do esforço coletivo.

O recado é claro: Neymar já foi protagonista em diferentes clubes e seleções, mas pode se tornar novamente vítima da escolha dos treinadores pelo conjunto em detrimento da estrela solitária. O futebol moderno exige mais do que talento — pede disciplina, comprometimento e entrega.

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