- Redação ON
A Administração Estatal de Regulamentação do Mercado da China anunciou a abertura de uma investigação antimonopólio contra a Alphabet Inc., controladora do Google, sob suspeita de violar as leis de concorrência do país. Embora os serviços do Google estejam bloqueados na China desde 2010, a empresa mantém parcerias com anunciantes locais, representando cerca de 1% de sua receita global. Em 2017, o Google tentou ampliar sua presença no país com a inauguração de um centro de inteligência artificial, mas o projeto foi encerrado dois anos depois.
Esta ação faz parte de um conjunto de medidas retaliatórias adotadas pela China em resposta às tarifas adicionais de 10% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos chineses. Além da investigação sobre o Google, o governo chinês anunciou novas tarifas sobre importações norte-americanas, incluindo taxas de 15% para carvão e gás natural liquefeito e 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis, com início previsto para 10 de fevereiro.
O Ministério do Comércio da China também adicionou a PVH Corp, proprietária de marcas como Calvin Klein, e a empresa de biotecnologia Illumina à sua “lista de entidades não confiáveis”, acusando-as de adotar medidas discriminatórias contra empresas chinesas e prejudicar seus direitos e interesses legítimos. Essas empresas podem enfrentar sanções como multas, restrições comerciais e revogação de permissões de trabalho para funcionários estrangeiros.