Um cartaz afixado na entrada do Frigorífico Goiás, em Goiânia, deu início a uma polêmica política e jurídica nesta semana. A placa, em letras maiúsculas, trazia a mensagem: “Petista aqui não é bem-vindo”. A repercussão foi imediata: o deputado estadual Mauro Rubem (PT) acionou o Ministério Público de Goiás (MP-GO) e o Procon estadual, alegando possível prática de publicidade abusiva, prevista no Código de Defesa do Consumidor.
Diante da reação, o CEO do frigorífico, Leandro Batista, publicou um vídeo nas redes sociais para explicar o cartaz. Segundo ele, não existe proibição de entrada de petistas na loja, mas sim uma manifestação de rejeição política. “Petista aqui não é proibido de entrar. Não é bem-vindo, mas não é proibido”, afirmou, classificando a fala como um “desabafo”.
No vídeo, Leandro também partiu para o ataque contra Mauro Rubem, a quem chamou de “vagabundo socialista” diversas vezes, criticando o fato de o parlamentar recorrer a órgãos de fiscalização e justiça contra o estabelecimento.
O episódio não é o primeiro a envolver o frigorífico em polêmicas políticas. Durante a campanha eleitoral de 2022, a empresa ganhou repercussão nacional ao vender a chamada “picanha mito” a R$ 22, em alusão ao número do então candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).
Agora, caberá ao MP e ao Procon definir se a mensagem fixada na porta do frigorífico fere a legislação de consumo ou se se trata apenas de expressão política.