O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta segunda-feira, dia 23, que vai converter as sentenças de 37 das 40 pessoas que estão no corredor da morte de prisões federais no país para prisão perpétua.
O objetivo é que Donald Trump, que tomará pose em janeiro, não tenha como aplicar a pena de morte. O presidente eleito dos EUA é um defensor declarado da expansão da pena de morte.
Os únicos três condenados à pena de morte que não serão beneficiados com a conversão são: Dylann Roof, que executou os assassinatos racistas de nove membros negros da Igreja AME Mother Emanuel em Charleston, na Carolina do Sul, em 2015; Dzhokhar Tsarnaev, autor do atentado na Maratona de Boston de 2013; e Robert Bowers, que atirou e matou em 11 fiéis da Sinagoga Tree of Life de Pittsburgh em 2018.
O governo Joe Biden anunciou em 2021 uma moratória sobre a pena de morte federal, que suspenderam as execuções durante o mandato de Biden. Biden havia prometido ir mais longe e acabar com as execuções da pena de morte em presídios federais, exceto para terrorismo e assassinatos em massa.
Já Donald Trum se posicionou novamente a favor da pena capital: “Em sã consciência, não posso recuar e deixar uma nova administração retomar as execuções que eu interrompi”.
De fato, Trump, que assume o cargo em 20 de janeiro, tem falado frequentemente sobre a expansão das execuções.
Da redação do ON, com agências internacionais.
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil/Arquivo