- Redação ON
Em 26 de janeiro de 1700, a costa de Oregon, nos Estados Unidos, foi atingida por um terremoto de magnitude estimada em 9,0, que gerou um tsunami que alcançou o Japão. Atualmente, cientistas indicam uma probabilidade de 37% de que um novo megaterremoto ocorra na região nos próximos 50 anos.
Oregon está situado na Zona de Subducção de Cascadia, uma falha tectônica de aproximadamente 1.100 km que se estende do norte da Califórnia até a Colúmbia Britânica, no Canadá. Pesquisadores afirmam que grandes terremotos ocorrem nessa zona em intervalos de 300 a 500 anos. Desde 1700, a falha não produziu um terremoto, resultando no acúmulo de pressão entre as placas tectônicas Juan de Fuca e Norte-Americana, aumentando o risco de um evento devastador.
Em 2015, cientistas da Universidade de Washington descobriram um fenômeno incomum no fundo do mar, próximo à costa do Oregon: um vazamento de fluido quente, denominado Oásis de Pítia. Esse fluido, originário de profundidades de até 4 km, é crucial para a lubrificação entre as placas tectônicas. A diminuição desse líquido aumenta a pressão entre as placas, favorecendo a ocorrência de um terremoto.
Caso um terremoto de grande magnitude ocorra, espera-se que o tremor dure entre cinco e sete minutos nas áreas próximas à falha, segundo o Departamento de Gestão de Emergências de Oregon. Além disso, um tsunami com ondas de até 30 metros pode atingir a costa da região em questão de minutos, causando danos significativos à infraestrutura local, incluindo estradas, pontes, edifícios e sistemas de fornecimento de energia e água.