sábado, 13 de dezembro de 2025
Auditoria do TCE aponta que Alanna Galdino foi funcionária fantasma e recomenda suspensão da posse
15/04/2025 05:25
Redação ON Reprodução

Uma auditoria técnica do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) recomendou a suspensão imediata da posse de Alanna Galdino como conselheira da Corte, apontando indícios de que ela teria atuado como funcionária fantasma durante anos na Secretaria de Planejamento do Estado. Filha do presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), Alanna foi nomeada com base em um currículo que, segundo o relatório, não comprova os requisitos mínimos exigidos pela Constituição.

A auditoria revelou que Alanna ocupou um cargo comissionado na Subgerência de Apoio Administrativo da Seplag, entre 2012 e 2017 e novamente de 2019 até março de 2025, sem que haja qualquer comprovação de efetivo exercício das funções. O TCE aponta que ela sequer tinha cadastro nos sistemas informatizados da pasta, o que reforça a suspeita de inatividade. Mesmo assim, teria recebido mais de R$ 646 mil dos cofres públicos.

Outro ponto central do relatório é a alegação de que Alanna não possui os dez anos de experiência comprovada em áreas como Direito, Economia ou Administração Pública — exigência para o cargo de conselheira. Embora tenha diploma em Direito, ela não apresentou provas de atuação compatível, limitando-se a especializações recentes e cursos de curta duração.

O documento ainda aponta possível prática de nepotismo, uma vez que a indicação de Alanna foi articulada diretamente pelo pai, que teria buscado apoio de deputados estaduais para garantir sua inscrição. A nomeação também é suspeita de ter violado o princípio da impessoalidade, já que foi aprovada sem sabatina e com rito considerado “célere demais” pelos auditores.

Com base nas irregularidades constatadas, a equipe técnica do TCE recomenda não apenas a suspensão da posse, mas também o envio do caso ao Ministério Público para investigação por improbidade administrativa. O julgamento definitivo do processo está marcado para o dia 23 de abril, e a decisão do relator, conselheiro Antônio Nominando Diniz Filho, será aguardada com grande expectativa no meio político paraibano.

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