Bicampeão da CONMEBOL Libertadores, Diego Ribas ainda vestia a camisa do CR Flamengo que foi campeão do torneio sul-americano em 2022, garantindo sua presença no Mundial de Clubes da FIFA 2025™. Assistir ao torneio já envolveria uma boa dose de orgulho.
No caso específico deste brasileiro, a experiência é ainda mais especial pelo fato de boa parte de seu currículo estar representada nos Estados Unidos. O meia revelado pelo Santos, afinal, jogou por FC Porto, Juventus FC e Atlético de Madrid. De todo modo, o final de carreira como ídolo rubro-negro foi o que deixou a marca mais forte. Agora aposentado, ele conversou com a FIFA em meio à competição sobre o prazer que é acompanhar os ex-companheiros seguirem um percurso de sucesso internacional, especialmente depois da grande vitória de virada sobre o Chelsea FC.
“O sentimento é sempre de muita gratidão, de privilégio, por ter vivido um processo incrível de fortalecimento, de construção de um time cada vez mais vencedor”, diz o ex-jogador, que fez 285 partidas e 42 gols em sete temporadas no clube carioca.
A experiência internacional que acumulou em 12 temporadas no futebol europeu faz Diego valorizar quem rodou o mundo. No Flamengo, um deles está no banco de reservas: Filipe Luís. Ex-compaheiros em Madri, onde venceram uma edição de La Liga e a Liga Europa da UEFA, eles se reencontraram no Rio em 2019. E jogaram juntos por quatro temporadas até a aposentadoria de Diego ao fim de 2022.
“O Filipe tem arrasado como treinador. É um cara que estudou muito e viveu intensamente a carreira como jogador. Perguntou muito para os treinadores, foi curioso. Então, aprendeu muito. Ele soma muito [no Mundial de Clubes] pelo conhecimento que tem da mentalidade dos europeus, da forma de jogar. Consegue identificar fácil o estilo de jogo, características dos jogadores, porque viveu muitos anos lá”, avalia Diego.
Dentro de campo, ele também vê um novato no clube capaz de exercer essa função de liderança e de experiência contra potências globais. É o caso de Jorginho, ex-Napoli, Chelsea e Arsenal. Já na estreia na competição, o volante de 33 foi lançado como titular na vitória de 2 a 0 sobre o Esperánce.
“Os jogadores que ficam em alto nível na Europa durante mais de cinco anos em grandes ligas e equipes têm um potencial enorme, não só físico, como técnico e mental. Jorginho chega para agregar muito e o Filipe sabe muito bem lidar com ele. É um jogador que vai ajudar o Flamengo com sua experiência, técnica e liderança”, sintetiza.
Quando tinha 19 anos e era uma das maiores promessas do Brasil, Diego venceu a antiga Copa Intercontinental com o FC Porto, no Japão, em 2004. Hoje, com um corte de cabelo que lembra o ex-jogador e também grande habilidade, a sensação é um português. Aos 18 anos, Rodrigo Mora ainda vai aos treinos de carona com a mãe, mas já chama a atenção da elite do futebol.
“Eu usava o cabelo parecido com o dele, realmente lembra um pouco naquela altura do Porto”, brinca o ex-jogador, antes de falar sério. “O Rodrigo [Mora] é um excelente jogador. Chama muito atenção a ousadia de assumir a responsabilidade de ir para o um contra um, de ser vertical. Isso é muito legal. Com certeza é um jogador especial e que tem tudo aí para ser cada vez mais importante para o Porto e de destaque na Europa.”
