Lucas Paquetá, estrela do West Ham e da Seleção Brasileira, foi oficialmente considerado culpado pela Federação Inglesa após dois anos de investigação. O meia, que já havia escapado da acusação de manipulação de resultados em apostas, agora carrega a marca de uma condenação por não ter cooperado com a apuração. A punição deve ser uma multa de cerca de 150 mil libras, mas o dano real vai muito além do bolso: é o peso simbólico de ter o nome gravado na lista de infratores da FA.

Não importa se a acusação principal caiu por falta de provas. O processo deixou sequelas profundas. Paquetá viu ruir uma transferência de 85 milhões de libras para o Manchester City, perdeu prestígio no mercado e agora sai oficialmente rotulado como um jogador condenado por infringir regras da entidade que rege o futebol inglês.
O episódio é um divisor de águas. Para a FA, serviu de exemplo de que ninguém está acima do regulamento. Para Paquetá, representa uma mancha que dificilmente será apagada, mesmo que continue brilhando em campo. O início de temporada com três gols em quatro partidas mostra que o futebol segue intacto, mas a biografia esportiva já carrega uma nódoa indesejada.
No futebol globalizado e bilionário, reputação pesa tanto quanto talento. E Lucas Paquetá, aos 28 anos, terá de conviver com a condenação que o persegue mais do que qualquer zagueiro.