A capital do Catar, Doha, foi palco de explosões nesta segunda-feira (23/6), em meio a uma escalada de tensões envolvendo Irã, Israel e Estados Unidos. Testemunhas relataram os estrondos enquanto cresce o temor por uma possível retaliação iraniana. Pelo menos 10 mísseis foram lançados contra o território catariano, e um outro míssil foi disparado em direção ao Iraque.
O episódio acendeu o alerta máximo nas principais potências. A Casa Branca confirmou que monitora de perto possíveis ameaças à Base Aérea de Al Udeid, localizada no Catar, a maior instalação militar americana no Oriente Médio. Fontes oficiais informaram que parte do contingente e aeronaves já havia sido evacuada nas últimas semanas.
Além da base no Catar, uma instalação dos EUA no Iraque também foi atingida.
Ataques intensificados
O ataque ocorre em resposta à nova onda de bombardeios israelenses contra Teerã. Segundo o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, os alvos incluíram a sede da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC), a Prisão de Evin — conhecida por abrigar opositores do regime —, o quartel-general de segurança interna da IRGC e o simbólico relógio da Destruição de Israel, na Praça Palestina.
Como retaliação, o Irã intensificou sua ofensiva e realizou sua 21ª operação militar desde o início da guerra, em 13 de junho. Desta vez, lançou uma combinação de mísseis de propulsão sólida e líquida, além de drones suicidas, contra alvos estratégicos espalhados por diversas regiões de Israel — uma mudança de tática em relação aos ataques anteriores, concentrados em Tel Aviv e Haifa.
Catar fecha espaço aéreo
O Ministério das Relações Exteriores do Catar anunciou o fechamento temporário do espaço aéreo do país como medida de segurança diante da escalada bélica. Escolas também foram orientadas a suspender atividades, e as embaixadas dos EUA e do Reino Unido recomendaram que seus cidadãos permaneçam em casa até novo aviso.
Conflito se expande
A guerra ganhou novos contornos no sábado (21/6), quando os Estados Unidos ingressaram formalmente no conflito, autorizando bombardeios a três instalações nucleares iranianas. Em apoio ao Irã, o governo do Iêmen declarou que participará de ataques a navios americanos no Mar Vermelho, caso Washington intensifique a ofensiva ao lado de Israel.
A situação diplomática se deteriora rapidamente, e líderes internacionais temem que o conflito atinja proporções incontroláveis.