A cena é inusitada, mas já entrou para o folclore do futebol internacional: Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, afirmou que vai manter para sempre, na Sala Oval, o troféu original da Copa do Mundo de Clubes da FIFA — vencida recentemente pelo Chelsea. O clube inglês, segundo ele, pode ficar com uma réplica.
“FIFA me deu o verdadeiro. Isso vai ficar na Casa Branca para sempre”, teria dito Trump, ao entregar o “prêmio de consolação” aos campeões.
O episódio, que beira o surreal, remete a outro momento célebre (e vergonhoso) da história do futebol: em 2015, o então vice da CBF e ex-governador de São Paulo, José Maria Marin, foi flagrado guardando no bolso uma medalha durante a premiação da Copa São Paulo de Futebol Júnior. As câmeras do programa Jogo Aberto, da Band, mostraram Marin enrolando a fita e escondendo o “souvenir” como quem leva um docinho da festa.

Ambos os casos têm em comum a estranha mania de “colecionar” objetos alheios em cerimônias esportivas. Se Marin ganhou o apelido de “medalheiro”, Trump agora pode ser chamado de “taçeiro honorário” da FIFA — ainda que sem muito aval da própria entidade.
A pergunta que não quer calar: se um dia Trump resolver se candidatar à presidência da CBF, já pode colocar no currículo experiência em football diplomacy… e apropriação de brindes.