No domingo, 3 de agosto, aconteceu o Derby que para mim, no Brasil, só se refere ao confronto entre Palmeiras e Corinthians, pelo Campeonato Paulista Feminino, na Fazendinha.
Curiosamente, a partida não contou com reconhecimento facial na entrada.
Poderia dizer que foi um dia mal escolhido, já que a data acabou ofuscada pela conquista da Copa América Feminina, que merecia brilhar sozinha nos noticiários.
Poderia também destacar a vitória da equipa do Parque São Jorge, por 1 a 0, num jogo tenso, com jogadas duras dos dois lados. Um resultado que reforça a boa fase do clube alvinegro, que já tinha vencido, na quarta-feira anterior, o primeiro jogo da Copa do Brasil masculina.
Mas hoje, quero falar do pequeno Frederico um jovem corinthiano cheio de entusiasmo que vibrava por estar no estádio, com a bandeira do Timão nas mãos. Mais de que tudo, vibrava ao ver a Tia Carol Nogueira, a camisa 77 do Corinthians, em campo.
Tive o privilégio de assistir à partida ao lado de Tamires, esposa da Carol, acompanhada do Frederico e das suas duas mamães.
Através das mamães Bruna e Carol, Frederico começou a frequentar os jogos das Brabas, passou a gostar de futebol e, principalmente, do Corinthians.
Foi assim que conheceu a Carol e, desde então, criou-se um laço especial um amor entre Carol e o Timão, personificado nesse pequeno torcedor. Carol tem uma conexão natural com as crianças, e com o Fred não foi diferente: imagina um mini Brabo completamente apaixonado por ela.
Ele sabe cantar as músicas da torcida, o hino do clube e, claro, não perde a chance de gritar bem alto pela Tia Carol.
Frederico, com a sua alegria contagiante a cada jogada da Carol e os seus gritos de apoio, representa o que deveria ser o futebol nas arquibancadas: alegria, leveza e paixão genuína.
Sempre que posso, falo neste espaço destinado ao futebol feminino sobre pequenos torcedores que acabam por criar laços com as jogadoras. Isso porque assisto aos jogos com as famílias delas, no meio da torcida, e não em cabines de imprensa.
São esses pequenos que representam o futuro. Porque, sem torcedores, não há como manter equipes de futebol feminino competitivas.