Voltar a escrever no Jornal O Norte, onde tudo começou em 1984, é como abrir um baú de memórias. Aos 18 anos, saía a pé pelo centro de João Pessoa, garimpando notícias em sindicatos e associações. Logo, mergulhei na cobertura política e, de lá, segui novos rumos: Salvador, Brasília e Angola.
Foram décadas entre redações, tribunais e delegacias. O jornalismo me apresentou ao Direito, que me levou à Polícia. Em Luanda, coordenei a reforma do Jornal de Angola. Aposentado da vida pública, sigo escrevendo, agora em sites de Brasília.
Mas há caminhos que nos chamam de volta, como se o tempo desse voltas apenas para nos levar ao ponto de partida com novos olhos.
Aceitar o convite do mestre Marcondes Brito para escrever novamente em O Norte é mais que um retorno profissional, é um reencontro com minha própria essência. Como dizia José Américo de Almeida, ninguém se perde na volta. A notícia muda, o meio evolui, mas a paixão pela escrita permanece.