O site “Lance” trouxe a informação, que confirmamos com atletas do elenco do Avaí/Kindermann, de que existe uma grande possibilidade de ocorrer um novo W.O. no futebol feminino brasileiro, assim como já aconteceu na partida do Real Ariquemes, devido ao não pagamento de salários.
A situação de inadimplência por parte do clube da cidade de Caçador já vem ocorrendo há algum tempo, desde antes da paralisação para a Copa América.
Agora, a situação chegou a um ponto crítico, pois todas as chances do clube de regularizar os valores devidos não foram aproveitadas pela equipe. Sem alternativa, as atletas comunicaram que, ou os pagamentos são realizados, ou não haverá jogo.
Não se trata de uma ameaça, mas sim do exercício regular de um direito. Como se trata de um contrato de prestação de serviços, não há carteira assinada nem vínculo empregatício (em uma situação que buscar esconder o vínculo trabalhista), uma parte não pode exigir que a outra cumpra sua obrigação (entrar em campo) sem antes cumprir a sua (pagar os salários).
Essa realidade demonstra que já passou da hora de a CBF exigir o registro das atletas apenas com vínculo empregatício, como já ocorre no futebol masculino. O chamado “vínculo não profissional” não deve mais ser aceito, pois deixa as jogadoras em situação de vulnerabilidade em relação aos clubes.
Neste 5 de agosto, ainda não tenho a informação se a partida acontecerá, caso os valores devidos não sejam pagos. Mas apostaria que não haverá jogo.
Entendo que, se as atletas decidirem não entrar em campo, estarão certas. Ninguém deve entregar sua força de trabalho sem receber o valor acordado para isso.