“Sentir que há outras equipes que são superiores é bom também porque faz um tempo que isso (a sensação de inferioridade) não acontece com o River na América do Sul. Desta vez, não somos e isso nos dá um plus, é uma linda motivação”, essa declaração do atacante Borja, do River Plate, antes da bola rolar, comprova bem a soberba dos hermanos.

O fiasco de River e Boca representa o retrato acabado do futebol argentino no Mundial de Clubes: seus dois representantes saíram vergonhosamente na primeira fase. O Boca se despediu dando vexame contra uma equipe semi amadora da Nova Zelândia, o Auckland City, provocando risos e humilhações. Nas palavras do jornal Clarín:

“Boca, atormentado, se foi do Mundial de Clubes mostrando sua pior versão. A Liga Argentina é uma piada”. 

O River ontem levou um baile da Inter de Milão e também foi eliminado.  E o falastrão do Borja – que teve uma passagem pífia pelo Brasil, fracassando no Palmeiras e no Grêmio – não sabe onde enfiar a cara.

Contrastando dramaticamente, o futebol brasileiro dominou: Flamengo, Palmeiras, Botafogo e Fluminense avançaram com autoridade. O jornal El País observou:

“Los clubes de Brasil hacen olvidar la crisis de su selección … equipos como Botafogo e Flamengo lograron victorias históricas sobre potencias europeas … estas victorias son las primeras de equipos sudamericanos sobre europeos desde 2012”.

Ou seja: enquanto Argentina chafurda no ridículo, o Brasil ressurge com força, deixando claro quem é o verdadeiro protagonista do futebol sul‑americano no cenário global.