A turbulenta gestão de Augusto Melo no Corinthians chegou ao capítulo final neste sábado (9), quando os sócios do clube, reunidos em assembleia geral no Parque São Jorge, confirmaram por ampla maioria o impeachment do presidente. A votação encerra um período de 15 meses marcado por promessas de renovação frustradas, escândalos financeiros e batalhas judiciais, deixando o clube novamente à procura de um comandante para concluir o mandato até 2026. A seguir, em 13 tópicos, vamos tentar entender tudo o que aconteceu com o Timão:
1. A promessa de renovação
Augusto Melo assume em 2023 com o discurso de romper 16 anos de hegemonia do grupo Renovação e Transparência, liderado por Andrés Sanchez.
2. O contrato bilionário
Primeiro grande ato da gestão é fechar acordo de R$ 360 milhões com a casa de apostas Vai de Bet.
3. As denúncias
Em maio de 2024, jornalista Juca Kfouri expõe suspeitas de desvio no contrato, envolvendo pagamento de comissão milionária a empresa intermediária.
4. A ruptura com a patrocinadora
A Vai de Bet rescinde o contrato em junho de 2024, alegando quebra de confiança e suspeitas de irregularidades.
5. Investigação policial
Polícia Civil aponta esquema de empresas fantasmas para desviar valores, com ligações a membros do PCC.
6. Primeiras tentativas de impeachment
Entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, duas reuniões do Conselho Deliberativo fracassam por liminar judicial e falta de segurança.
7. O afastamento
Em 26 de maio de 2025, Conselho aprova impeachment; Melo é afastado e Osmar Stábile assume interinamente.
8. Virando réu
Em 22 de julho, Melo e outros seis acusados viram réus por associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto qualificado.
9. A confirmação pelos sócios
No dia 9 de agosto, assembleia geral referenda o impeachment: 1.413 votos a favor, 620 contra. Foram 1.413 votos favoráveis e 620 contrários, além de dois votos nulos e dois brancos.
10. As alegações de Melo
Ex-presidente diz ser vítima de perseguição e aponta suposta coação de sócios por torcidas organizadas.
11. Quem fica no comando
Osmar Stabile, 1º vice na chapa, segue interinamente à frente da presidência até que aconteça a eleição indireta que escolherá quem exercerá a função até dezembro de 2026, período do atual mandato.
12. O que vem agora
Presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, deve convocar eleição para mandato-tampão até dezembro de 2026.
13. Colégio Eleitoral
Esta eleição acontecerá de forma indireta e será restrita a membros do Conselho Deliberativo com ao menos dois mandatos no órgão, além de conselheiros vitalícios.
