sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Dívidas de Dudu Braga levam Justiça a bloquear bens do filho de Roberto Carlos
27/08/2025

A morte de Roberto Carlos Braga II, o Dudu Braga, em 2021, não encerrou os capítulos de sua história. O produtor musical, filho do cantor Roberto Carlos, deixou para trás um legado de lembranças, mas também um rastro de dívidas que agora se transformam em uma disputa judicial prolongada.

O caso mais recente envolve o Condomínio Edifício Itamira, em São Paulo, que cobra valores não pagos de cotas condominiais. A dívida, que começou em R$ 60 mil, já passa de R$ 127 mil após correções, juros, custas e honorários. A Justiça decretou a revelia de Dudu, já que não houve defesa dentro do prazo legal, e decidiu pela condenação. Como consequência, foi autorizado o bloqueio de contas bancárias em busca de recursos para quitar o débito.

Até agora, o resultado foi quase simbólico: apenas R$ 63,53 foram encontrados e transferidos para a conta judicial. Um valor ínfimo diante da soma exigida. Com isso, o juiz também determinou que seja apresentada a matrícula atualizada do imóvel em nome de Braga II, o que abre caminho para uma possível penhora do bem.

Quando a Justiça chega a esse ponto

Casos como esse seguem um roteiro previsível no Judiciário. Primeiro, há a cobrança administrativa e a tentativa de negociação. Sem resposta, o credor entra com uma ação. Se o devedor — ou seus herdeiros — não apresenta defesa no prazo, o processo corre à revelia. A condenação, então, se transforma em título judicial, autorizando bloqueio de contas bancárias e, se necessário, de imóveis e outros bens.

No caso de Dudu Braga, a situação é ainda mais delicada porque envolve o espólio de alguém já falecido. Nesses processos, os bens deixados passam a responder pelas dívidas. E se não houver dinheiro suficiente, o imóvel se torna o próximo alvo natural da Justiça.

O peso da herança negativa

Esse episódio expõe uma realidade incômoda: a herança não se limita a patrimônio positivo. Dívidas também fazem parte do espólio e podem recair sobre os bens deixados pelo falecido, limitando-se, porém, ao montante da herança — os herdeiros não respondem com seus próprios bens.

No caso do filho de Roberto Carlos, o que deveria ser um processo de partilha pode se transformar em uma longa batalha judicial, onde o saldo devedor pesa tanto quanto os laços de família.

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