Nesta quarta-feira, 17 de setembro, teremos rodada da Copa do Brasil Feminina e isso me fez refletir sobre o sistema de disputa, que é de jogo único.
A emoção do futebol está muitas vezes nos detalhes, nos imprevistos e, sobretudo, na imprevisibilidade do resultado. É justamente por isso que o modelo da Copa do Brasil feminina, tem chamado a atenção de quem acompanha a competição.
No jogo único, o peso de cada jogada, cada erro e cada acerto é amplificado. Um deslize de um jogador ou uma arbitragem controversa podem ser o suficiente para definir o futuro de um clube inteiro na competição. Tudo se decide em 90 minutos.
O jogo torna-se uma verdadeira batalha, em que cada minuto conta e não há segunda oportunidade. É o tudo ou nada.
No entanto, esse modelo pode ser complicado, pois uma atuação abaixo da média, causada por pressão, lesão ou até azar, pode custar caro, não há o “jogo da volta” para tentar reverter o placar.
Num sistema de jogo único com mando definido por sorteio ou ranking, o clube visitante vê-se privado de jogar diante da sua torcida, de ter a sua renda com o jogo em sua casa.
E, em tempos de torcida única, isso significa que uma torcida pode ficar sem sequer a possibilidade de apoiar o seu time no estádio, a não ser que se tenha o jogo em outra localidade.
A ideia de poder levar esse formato para o masculino, até antes da final, deveria ser considerada, mesmo com todas as considerações negativas que fiz sobre o sistema agora, pois ajudaria no calendário dos clubes, que disputam menos partidas, no ano.