O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, e outros representantes brasileiros seguem abrigados em Israel, em meio à escalada do conflito entre Israel e Irã. Em contato com a imprensa nesta sexta-feira (13), Cícero confirmou que novos ataques atingiram o país durante a madrugada e que parte dos mísseis lançados conseguiu escapar dos sistemas de defesa israelenses. Apesar das explosões, o grupo permanece em segurança, abrigado conforme os protocolos de emergência.
Lucena integra a comitiva brasileira que viajou a convite do governo de Israel para participar do MuniWorld 2025 — um programa de cooperação internacional que reúne autoridades de cidades de países lusófonos. Desde o início da intensificação dos ataques, o prefeito e demais autoridades estão alojados em um bunker instalado sob o hotel onde estavam hospedados. Segundo ele, a estrutura de segurança e o apoio logístico fornecidos pelo governo israelense têm sido fundamentais para garantir a proteção do grupo.
“Não há muito o que fazer no momento, o espaço aéreo está fechado”, disse o prefeito. Ainda não há uma previsão concreta para o retorno ao Brasil. O grupo aguarda a abertura gradual do espaço aéreo e negocia, com o apoio do governo federal, a possibilidade de ser resgatado em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), quando for possível.
Além de Cícero, a comitiva brasileira em Israel inclui outras autoridades paraibanas, como informou o governo da Paraíba, além de prefeitos de várias partes do país, como Álvaro Damião (Belo Horizonte), Welberth Rezende (Macaé-RJ), Johnny Maycon (Nova Friburgo-RJ), o vereador carioca Flávio Valle, vice-prefeitos e secretários municipais. Todos estão sob acompanhamento do Itamaraty e da embaixada brasileira em Israel.
Ainda nesta sexta, Cícero também manteve contato com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, que acionou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para reforçar o pedido de apoio na operação de retorno.
O agravamento da crise ocorre após uma troca de ataques entre Israel e Irã que começou na quinta-feira (12), aumentando significativamente as tensões no Oriente Médio e levando ao fechamento do espaço aéreo da região.