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Paraíba incrementa Turismo Etílico

O Empreender Cachaça, que vai oferecer crédito a produtores de cachaça artesanal
O governador da Paraíba, João Azevêdo, anunciou, na noite de sexta-feira (10), durante a abertura da 39ª edição do Salão do Artesanato Paraibano, em João Pessoa, estudos para a criação de uma nova linha de crédito: o Empreender Cachaça, que vai oferecer crédito a produtores de cachaça artesanal, que hoje encontram grande dificuldade para armazenar o produto, fortalecendo o segmento na Paraíba. 

O governador também assinou decreto que oferece incentivo fiscal para o setor produtivo da cachaça, destinado a revitalizar os engenhos paraibanos, lanç oando edital Caminho dos Engenhos, iniciativa que vai fortalecer o turismo no Estado ainda mais. Os recursos para projetos são de R$ 5 milhões.

O Edital de Chamamento Público tem como objetivo selecionar projetos de intervenção e ocupação realizados em engenhos de cana-de-açúcar, no âmbito do Programa de Concessão de Incentivo Fiscal ao Setor Cultural, realizados em engenhos ativos para captação de recursos da iniciativa privada, por meio do Programa ICMS Cultural, nas seguintes categorias:

Categoria A - Para exploração turística, à implementação de projetos artístico-cultural e à oferta de serviços ao público; Categoria B - Projetos de ações voltadas ao turismo cultural e gastronômico envolvendo visitação, degustação, eventos culturais, oficinas, palestras, entre outros, na área onde está localizado o engenho, a exemplo de exposições, instalações, apresentações musicais, saraus, festivais de cinema, mostras gastronômicas, entre outros. 

Para o presidente da Associação dos Produtores de Cachaça de Alambique (Aspeca), André Amaral, esse momento é de “redenção e requalificação para transformarmos engenhos da Paraíba em equipamentos de turismo. Demos início ao turismo etílico, semelhante ao que se faz no Sul do país, na Europa e na África do Sul. Só que agora com cachaça”, enfatizou.

“Nós queremos transformar isso em hospitalidade como já se faz na Europa, na África do Sul e no Sul do país, aonde o apreciador de vinho vai a vinícola para conhecer como é que é produzido, se hospedar, se alimentar, harmonizar, aprender sobre vinho. Nós queremos fazer a mesma coisa na Paraíba, queremos que apreciador de cachaça, e quem ainda não aprecie, possa conhecer as nossas unidades produtivas e possa entender como é que funciona essa dinâmica que mistura terroir, tradição, inovação, tecnológica e um produto que agrada outros paladares, porque a cachaça passou por uma transformação e ela busca se aproximar das exigências do cliente e é preciso que o cliente vá conhecer as nossas unidades produtivas”.

André Amaral aproveitou para agradecer ao governador pelos incentivos anunciados para o setor. "Nós apresentamos algumas demandas ao governador e ele entendeu que a primeira demanda de extensão do 'Viva Centro' para os engenhos seria muito importante. Nós temos engenhos lindos, casarios lindos e a maior cachaça de alambique do Brasil, com 25 milhões de litros. Nós precisamos transformar os engenhos em equipamentos turísticos", acrescentou. 

Os engenhos da Paraíba empregam 22 mil pessoas, tem um faturamento anual superior a R$ 1 bilhão. São 100 engenhos produzindo cachaça de alambique, 25 milhões de litros de cachaça de alambique produzidos por ano e uma agroindústria fundada no Brasil.

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