- Por Marcos Pires
Se somente sobrar a esperança em 2025 já estará de muito bom tamanho. Relembrando as guerras onde envolvem-se atualmente muitas das potências nucleares que poderão usar a qualquer momento seus estoques de bombas antes que o prazo de validade dos seus atuais líderes vença, não se pode deixar de lado o incentivo que o mundo dito civilizado dá à China para “retomar” Taiwam ao permitir que a Rússia continue avançando em terras da Ucrânia enquanto assistimos passivamente os massacres que se seguem nas terras por onde Cristo andou.
Nesta banda do mundo o que seria o novo consegue domar a economia argentina à custa da miséria crescente dos hermanos enquanto logo à frente, na Venezuela, a vontade popular é engolida e deglutida para depois virar dejeto no mar de petróleo sob a qual foi ensaiada, pouco importando que até o Brasil, companheiro antigo, não tenha reconhecido a patuscada de uma eleição fajuta, onde ganhou quem teve menos votos.
E aqui, pobres de nós, ficamos emparedados entre o crime organizado e a política chantagista que cada dia mais exige do mandatário taxas crescentes para deixar que seu governo sobreviva.
Não é o ano novo que trará melhoras ao mundo, tampouco 2025 terá o condão de diminuir a desigualdade entre irmãos, fonte geradora de todo tipo de violência.
As belas mensagens de fim de ano, onde os sinos bimbalham e as pessoas vestem-se de branco servem somente para aumentar o lucro do capitalismo, mas aqui e acolá podem arrancar uma lagrima de emoção dos inocentes, embalo certo para a ladeira de dividas na qual serão arremessados por suaves prestações mensais até sabe-se quando. Lá embaixo a bocarra do SPC afia os dentes para a mordida fatal.
Porém como eu disse no início, a esperança move os que ainda querem acreditar e se ela continuar a existir no próximo ano será sinal de que o show tem que continuar, mesmo com o palco se apagando aos poucos para uma plateia que pagou o preço de um ingresso que não pode ser devolvido.
Na canção Gil disse: “- Não se iludam, não me iludo, tudo agora mesmo pode estar por um segundo…”. Digo eu: urge que o tempo seja aproveitado. Precisamos ser felizes todos os dias; hoje, agora.
Não poupem sentimentos.
