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Atenção! A Anvisa pode colapsar em 2025, alerta o presidente Anderson Barra

Essa a situação vem sendo exposta ao governo do PT desde antes da posse do petista em janeiro de 2023

Por falta de funcionários, Anvisa pode colapsar em 2025, alerta o presidente da instituição, Anderson Barra Torres, que, inclusive, já comunicou essa situação ao presidente Lula. Segundo ele, a situação vem sendo exposta ao governo do PT desde antes da posse do petista em janeiro de 2023.

“Tem que ter gente para trabalhar. A FDA [Food and Drug Administration, a Anvisa norte-americana], nos Estados Unidos, tem 18.000 servidores. Lá tem 315 milhões de habitantes. A Anvisa não precisa ter 18.000, mas 1.400 não dá”, declarou em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta 6ª feira (6.dez.2024).

Anderson Barra, que travou uma queda de braço com o governo negacionista de Jair Bolsonaro, disse que ficou animado com a troca de comando no Planalto, mas…

“E o governo atual? O presidente se vacinou na 1ª semana que sentou na cadeira. A gente falou: ‘Agora vai’. Não foi. Em 2 anos, tivemos 120 vagas autorizadas, mas ele nos deu apenas 50. Então, o colapso vai ocorrer. Quando? Ano que vem, possivelmente”.

O diretor-presidente declarou que, desde o começo do governo Lula, foram enviados ao Planalto 27 ofícios, além da realização de reuniões e conversas.

“A Anvisa foi a única agência convidada a conversar com o gabinete de transição de governo federal ainda no final de 2022, quando o atual governo já estava eleito. E naquela época nós já levamos a questão de pessoal. Então, não há mais nada que a agência possa fazer”, disse.

Torres destacou que, há 10 anos, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e a Anvisa mensuraram qual a fatia da economia brasileira era regulada pela agência. “Deu 22,8%. Estima-se que, hoje, esteja perto dos 30% do PIB [Produto Interno Bruto] de tudo que se produz no Brasil”, afirmou.

“Com 1.400 servidores, você tem filas diferentes e nenhuma é boa. Uma associação contratou uma empresa que mensurou haver US$ 17 bilhões referentes a medicamentos esperando para serem analisados na fila”, afirmou.

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